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Santos diz que esquema de fraude foi planejado por opositores

Presidente Odílio Rodrigues chegou a chorar e se disse constrangido com a situação

postado em 29/07/2014 20:19

Gazeta Press

A diretoria do Santos convocou a imprensa na sala do presidente Odílio Rodrigues, nesta terça-feira, para expor um trabalho de investigação liderado pelo próprio clube e que culminou com a associação de líderes de chapas de oposição às chamadas fraudes eleitorais através de sócios fantasmas. Segundo a apuração, Jones de Oliviera F. da Silva, sub-diretor social da Terceira Via Santista, e Claudio Alberto Kobayashi Santos, presidente atual da Terceira Via Santista e ex-coordenador de marketing da campanha de Orlando Rollo, estão ligados às fraudes na associação de Alexandre Nardoni e Alphonsus Gabriel Capane.

Divulgação/Santos FC


Ainda segundo o clube, os dois têm ligação com as pessoas e endereços utilizados no momento do cadastro, feito pela internet.Todo o trabalho investigativo mostrou também que os sete nomes, ditos “pitorescos”, foram cadastrados no mesmo dia, 26 de novembro de 2013, pela internet, no intervalo de apenas 43 minutos.

Outro nome investigado foi o de Mario Barbosa, famoso líder do Movimento Acorda Santista, e que faz diversas ameaças aos membros do Comitê de Gestão e a conselheiros do Peixe. Inclusive, um inquérito policial já foi aberto para apurar o caso.

Entretanto, a diretoria santista explicou nesta terça-feira que Mario Barbosa é um nome fictício usado por Junior Bertolde, e que sua foto era, na verdade, de Levan Kakiashvili.

O Santos conseguiu, através das redes sociais, fotos de Junior Bertolde e Claudio Alberto Kobayashi Santos, juntos, na mesma casa que tem o endereço de recebimento da carteirinha de Al Capone. Inclusive, o endereço é das empresas Artivip Gravadora e Editora Ltda e Amplitude, no qual Kobayashi é ex-gerente geral da primeira empresa citada, segundo informações de uma rede social profissional.

Já Jones de Oliveira F. da Silva, sub-diretor social da Terceira Via Santista, tem uma relação afetiva com Adriana Conceição Esteves, sócia inadimplente do clube, e que mora no endereço destinado a carteira de sócio de Alexandre Nardoni.

O Santos garante que contém mais informações relevantes, mas que a pedido da polícia, ainda não podem ser divulgadas. O clube já está tomando as devidas providências estatutárias contra conselheiros e sócios que participaram de toda a suposta fraude e também está analisando a melhor forma de buscar um ressarcimento dos envolvidos na justiça, em defesa dos direitos do Santos.

“Eles devem estar manipulando para incriminar algumas lideranças da oposição. Isso é banal, eles estão fazendo assim: ‘pegaram a mulher traindo o marido no sofá e querem culpara o sofá’. Quem faz as carteirinhas é a situação, não a oposição. Quem faz as carteirinhas é quem está no comando do Santos”, afirmou Orlando Rollo, presidente do Conselho Deliberativo da Terceira Via.

“Não sei qual o endereço da carteirinha. Eu presumo, não resta duvida, que eles estão manipulando as informações. A oposição não tem como associar ninguém. Eles vão dizer o que convém para eles. É uma denúncia vazia, dizer que tem ligação de nosso presidente (Terceira Via) com endereço”, completou.

Entenda o caso - A Terceira Via Santista denunciou na última quarta-feira que nomes como Ronald McDonald, Edgar Baez, Don Corleone, Augusto Pinochet, Al Capone, Alexandre Nardoni e Hugo Chaves faziam parte do quadro associativo do clube e que seriam usados para eleger o presidente da situação nas eleições de dezembro.

O presidente do Conselho Deliberativo, Paulo Schiff, retrucou no mesmo dia, explicando que as denúncias eram falsas e que o Santos já estrava fazendo um trabalho investigativo em cima dos sócios que continham qualquer problema cadastral e, principalmente, buscando informações sobre os sócios “pitorescos”.

A oposição ainda publicou um vídeo um dia antes da eleição no Conselho Deliberativo, como tentativa de provar que os sócios fantasmas constavam no sistema do clube. Fato mais uma vez admitido pelo Santos através do presidente do Conselho, porém, com a explicação de que todos estavam bloqueados, ou seja, impedidos inclusive de votar, e sob investigação.

Com tudo isso, os conselheiros acabaram vetando o voto à distância, pela internet, pelo placar de 85 a 80. Os líderes de oposição comemoram e chamaram o fato de “momento histórico”, no entanto, a polêmica ganhou um novo capítulo nesta terça-feira.