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COPA DO BRASIL

10 motivos para não perder as semifinais da Copa do Brasil

Enquanto o Cruzeiro pode ser campeão disputando 14 jogos, Fla, Botafogo e Grêmio precisam de oito

postado em 16/08/2017 09:22 / atualizado em 16/08/2017 09:44

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Houve um tempo em que a Copa do Brasil era o caminho mais curto para a Libertadores. Com o retorno de quem disputa a Libertadores ao torneio, o mata-mata nacional na verdade virou atalho para  para quem participa da competição continental. Enquanto Grêmio, Botafogo e Flamengo podem ser campeões disputando oito jogos, o Cruzeiro tem a chance de conquistar o pentacampeonato entrando em campo 14 vezes. Os times egressos da Libertadores entraram na Copa do Brasil a partir das oitavas de final, ou seja, em uma fase em que as viagens são menos desgastantes.
 
O Cruzeiro participa do torneio desde o início. Enfrentou Volta Redonda-RJ, São Francisco-PR, Murici-AL, trombou com o São Paulo pelo caminho, encarou a Chapecoense nas oitavas e o Palmeiras nas quartas. Um perrengue atrás do outro. O Flamengo pegou Atlético-GO e Santos. O Grêmio teve pela frente Fluminense e Atlético-PR. O Botafogo desbancou Sport e Atlético-MG. Nos bastidores, há um movimento crescente para que a CBF impeça os times que disputam a Libertadores de participar da Copa do Brasil.
 
As queixas partes dos pequenos. A última zebra do torneio foi o Paulista, na edição de 2005. Desde então, o título só tem ficado com equipes da Série A: Flamengo, Fluminense, Sport, Corinthians, Santos, Vasco, Palmeiras, Atlético-MG e Grêmio. A Copa do Brasil voltou a ter participação de quem disputa a Libertadores em 2013. Desde então, há um empate. Dois times que estavam na competição continental faturaram o título nacional — Atlético-MG (2014) e Grêmio (2016). Outros dois conquistaram a taça participando da Copa do Brasil desde o início — Flamengo (2013) e Palmeiras (2015).

1 - Maiores campeões

Um dos duelos das semifinais reúne os dois maiores vencedores da história do torneio. De um lado, o pentacampeão Grêmio, vencedor do torneio em 1989,1994, 1997, 2001 e 2016 . Do outro, o tetra Cruzeiro, que levantou a taça em 1991, 1993, 1995. O mata-mata tem clima de revanche. No ano passado, o tricolor gaúcho eliminou o time celeste nesta mesma fase.

2 - Caça ao tetra

Finalista da Copa do Brasil quatro vezes neste século, o Flamengo busca o tetracampeonato. O clube carioca pode igular o número de conquistas do Cruzeiro. Antes, precisa passar pelo Botafogo nas semifinais. O duelo também tem clima de revanche. Em 2013, o rubro-negro despachou o arquirrival nas quartas de final por 5 x 1 no placar agregado.

3 - Exterminador de campeões

Único semifinalista que não tem o título da Copa do Brasil, o Botafogo derrubou Colo-Colo, Olimpia, Estudiantes, Atlético Nacional e Nacional na Libertadores, e segue o enredo na Copa do Brasil. Passou por Sport, Atlético-MG, e agora terá pela frente o Flamengo. O alvivegro esteve próximo da conquista em 1999. O último campeão inédito da Libertadores foi o Atlético-MG.

4 - Bicampeonato inédito

Nunca antes na história da Copa do Brasil, um mesmo time ganhou dois títulos consecutivo do mata-mata nacional. Atual campeão da competição, o Grêmio tem a chance de quebrar o tabu. Por sinal, o Grêmio esteve muito próximo de atingir o feito nas edições de 1994 e 1995. Derrotou o Ceará numa final, mas perdeu a outra para o Corinthians em 1995.

5 - Técnico estrangeiro

A Copa do Brasil jamais teve um treinador estrangeiro campeão. Recém contratado pelo Flamengo, o colombiano Reinaldo Rueda tem a chance de fazer história na competição. Mas há um Botafogo pelo caminho. O Glorioso venceu o Atlético Nacional duas vezes neste ano na fase de grupos da Libertadores. O treinador da equipe colombiana era justamente Reinaldo Rueda.

6 - Briga pela artilharia

Rafael Sobis, do Cruzeiro, lidera a artilharia da Copa do Brasil com cinco gols e tem na cola o argentino naturalizado paraguaio Barrios, do Grêmio. Pedro Rocha (Grêmio) e Robinho (Cruzeiro), com três bolas na rede cada, também estão no páreo. Brenner, do Botafogo, também tem cinco, mas como jogou o torneio pelo Inter, não pode defender o alvinegro.

7 - Casas cheias

As quatros partidas das semifinais serão disputadas em estádios à altura das semifinais. O Grêmio receberá o Cruzeiro na Arena, em Porto Alegre, e depois irá ao Mineirão, em Belo Horizonte. Botafogo e Flamengo finalmente chegaram a um acordo. O primeiro jogo será no Nilton Santos e o duelo de volta no Maracanã.

8 - Efeito sanfona

O título da Copa do Brasil interessa bastante quem está na briga por vaga à Libertadores via Campeonato Brasileiro. Há seis vagas disponíveis na Série A, mas caso Flamengo, Botafogo, Grêmio ou Cruzeiro conquistem o mata-mata nacional e terminem o Brasileirão no G-6, a zona de classificação pode virar G-7. Dependerá também do desenrolar da Copa Sul-Americana.

9 - Muito dinheiro no bolso

O campeão da Copa do Brasil pode embolsar até R$ 11,68 milhões. Em relação à edição anterior, houve aumento de 8,7% – em 2018, num novo acordo comercial, a premiação será de R$ 68 milhões. O montante corresponde à soma das cotas de participação nas oito fases do mata-mata, da fase preliminar ao título. Apenas o Cruzeiro participa desde o início.

10 - À caça de Felipão

Renato Gaúcho tem a chance de se tornar o segundo técnico mais vitorioso na história da Copa do Brasil. Campeão em 2005 e em 2016, pode chegar ao terceiro troféu pessoal, deixar Levir Culpi para trás e encostar no Rei de Copas Luiz Felipe Scolari. Detalhe: Renato Gaúcho poderia estar na briga pelo tetra se o Vasconão tivesse perdido a decisão de 2006 para o Flamengo.