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COPA LIBERTADORES

Estádio vazio custa até R$ 3 milhões por jogo ao Corinthians

postado em 28/02/2013 19:37

O Corinthians calcula que perde até R$ 3 milhões por jogo que faz em casa com os portões fechados, como aconteceu na noite de quarta-feira, quando derrotou o Millonarios por 2 a 0, pela Libertadores, e não pôde permitir a entrada da torcida no Pacaembu por causa de punição da Conmebol - apenas quatro torcedores corintianos, graças a liminar judicial, estiveram dentro do estádio. O número foi divulgado pelo diretor financeiro do clube, Raul Correa da Silva

"Se não tenho a torcida nesses três jogos (como mandante na fase de grupos da Libertadores), não teremos R$ 3 milhões por jogo: os R$ 2 milhões que deixam de entrar na bilheteria, de arrecadação, e o R$ 1 milhão que sai pelos custos", disse o dirigente, explicando o custo total que o clube tem por jogar com o estádio vazio.

Segundo ele, o clube só consegue lucrar com os jogos no Pacaembu quando o público ultrapassa as 10 mil pessoas. "Com menos, ficamos em déficit, porque os custos são maiores. Passou de 10 mil pessoas entramos num ponto de equilíbrio", revelou.

No caso desses três jogos da Libertadores - os outros são contra o Tijuana, em 13 de março, e o San José, no dia 10 de abril -, o Corinthians tinha vendido mais de 80 mil ingressos antecipadamente, o que garantiria Pacaembu lotado com mais de 35 mil pessoas em todos eles.

Raul Correa da Silva disse que a receita desses três jogos da fase de grupos da Libertadores estava prevista no orçamento corintiano para 2013, mas que a perda pode ser compensada por uma arrecadação de outro segmento do clube.

"No patrocínio na nossa camisa, trabalhávamos com número de R$ 49 milhões sem a Nike, mas nosso departamento de marketing disse que na pior das hipóteses trabalha com um mínimo de R$ 51 milhões e um máximo R$ 55 milhões", revelou.

O Corinthians apresentou o balanço referente ao ano passado e comemorou um superávit de R$ 7,5 milhões em relação a 2011. A receita total do clube em 2012 foi de R$ 358,5 milhões, 23% a mais do que em 2011. Nesse mesmo período, a dívida se manteve em R$ 177 milhões.

"Quando chegamos (ao comando do Corinthians), em 2007, tivemos de investir para ter um time competitivo e precisávamos de um Centro de Treinamento - que custou R$ 50 milhões. Quando você precisa gastar menos você consegue honrar seus compromissos", contou Raul Correa da Silva.