Além de atribuir a péssima atuação contra o Red Bull, no último domingo, aos reflexos da vitória diante do São Paulo, na semana passada, o técnico Oswaldo de Oliveira condenou a falta de reação da equipe, que teve suas principais ações anuladas pelo adversário ao longo do jogo. Apático, o Palmeiras assistiu ao time do interior construir a vitória na primeira etapa e não teve ânimo para buscar o placar. Ainda acreditando em ter vantagens nas fases finais, o treinador quer “seguir trabalhando”.
Com o tropeço fora de casa, o Palmeiras caiu para quarto lugar na classificação geral e corre o risco de jogar as quartas de final da competição como visitante. Mas, com duas rodadas faltando para o fim da fase de grupos, Oswaldo crê que o quadro atual é reversível. “Não temos que rever nada, temos que seguir trabalhando e procurando conscientiza-los disso. Eles têm que reagir a cada momento do jogo como estão acostumados e treinados. Nada está perdido, vamos continuar lutando para reconquistar uma posição melhor e ter vantagem nas fases finais”, disse.
O experiente Zé Roberto, que teve de deixar o campo por precaução após sentir um incômodo na coxa direita, fez coro ao discurso do treinador no que se refere à continuidade e intensificação do trabalho. “Será uma semana importante para trabalhar na parte psicológica, que faltou bastante. Não tivemos a mesma pegada do jogo passado. Vamos trabalhar forte pensando no Mogi Mirim”, falou o camisa 11, que ainda é presença incerta para o jogo do próximo sábado, no Palestra Itália.
Zé, inclusive, fez Oswaldo rever seus planos quando pediu para ser substituído. “No momento em que eu quis fazer uma substituição para mudar o panorama do jogo, infelizmente o Zé Roberto sentiu e não era ele que ia sair. Eu ia tentar passá-lo para o meio para termos mais o controle da bola e chegarmos ao gol adversário, mas tivemos que mudar os planos e isso fez com que o que eu tinha preparado não acontecesse”, comentou o técnico.
Na noite em que tudo saiu dos planos para o Palmeiras, Oswaldo admitiu a qualidade do adversário e a capacidade de Maurício Barbieri, técnico que conhece desde os tempos de Rio de Janeiro. “Foi mérito do Red Bull. Uma equipe muito bem treinada pelo Maurício Barbieri. Eu o conhecia desde o tempo que ele dirigia o Audax do Rio e também fizemos jogos treino. Sempre equipes muito boas e um técnico que o futebol precisa olhar com mais cuidado, os times dele são muito bem treinados”, reconheceu.