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COPA DO BRASIL

Estratégias, prioridades e momento: a dupla Gre-Nal para encarar Atlético e Cruzeiro

Confira análise dos times gaúchos, rivais dos mineiros na semifinal da Copa do Brasil

postado em 24/10/2016 14:10 / atualizado em 24/10/2016 14:27

Lucas Urbel / Grêmio
Passado a rodada do Brasileiro, Atlético e Cruzeiro agora só pensam na Copa do Brasil. Enquanto o Galo enfrenta o Inter no Beira-Rio, o Cruzeiro pega o Grêmio no Mineirão. Os jogos de ida da semifinal serão disputados nesta quarta-feira, às 21h45.

A dupla Gre-Nal tem objetivos distintos nesta reta final de temporada e, por isso, cada um dos clubes terá uma abordagem na competição mata-mata. Entenda estratégias, prioridades e momento dos gaúchos.

GRÊMIO

EM/D.A Press


O Grêmio montou planejamento com o intuito de priorizar a Copa do Brasil. O Tricolor quer voltar a conquistar um grande título após 15 anos – o último foi a Copa do Brasil de 2001, quando Tite ainda era o treinador. Por isso, a competição mata-mata virou o grande sonho do clube.

Para vir a Belo Horizonte, o Grêmio fretou um avião para a delegação, que deixa Porto Alegre nesta terça. A diretoria quer o máximo de concentração no duelo pela Copa do Brasil e já avisou que para a próxima rodada do Brasileiro, no jogo contra o Figueirense, Renato Gaúcho escalará os reservas.

“O planejamento já foi feito. Jogaremos com reservas contra o Figueirense, com os jogadores que o Renato escolherá. Teremos o Cruzeiro, com titulares”, explicou o comentou o vice de futebol do Grêmio, Adalberto Pires. “O que se pode esperar é que o Grêmio vai enfrentar o Cruzeiro com a mesma gana, qualidade e esforço que enfrentou o Palmeiras, praticamente campeão brasileiro”, acrescentou o dirigente.

A única mudança na equipe que enfrentou o Inter, em clássico disputado nesse domingo, será a entrada de Douglas na vaga de Bolaños. O Tricolor deve ter um time forte na marcação, em busca de sair de Belo Horizonte com pelo menos um gol marcado.

“O Grêmio tem o desgaste do Gre-Nal, que foi um jogo duro, pegado. Para este jogo, o objetivo é voltar vivo, acho que um empate é considerado interessante. A Copa do Brasil é considerada única oportunidade de o time voltar a conquistar um grande título. Até por isso foi montado um planejamento voltado para a competição. O Grêmio utilizou reservas contra o Santos no Brasileiro e só não entrou com time misto neste fim de semana porque era o Gre-Nal”, observou o repórter da rádio Gaúcha Filipe Gamba.

Mesmo com pouco tempo à frente do time, Renato Gaúcho já armou o Grêmio de acordo com suas concepções de jogo. A equipe melhorou na jogada aérea e se tornou mais vertical, sem valorizar tanto a bola como era sob o comando do ex-técnico Roger.

“O Grêmio mudou com o Renato. Ele reposicionou o Doulgas em campo. Hoje, ele é um camisa 10, tem a função de organização, dar a assistência, trabalhar a bola. Ele está correndo menos e está conseguindo fazer o que se espera dele. Antes, com o Roger, ele era quase um atacante. É possível dizer que o time melhorou na bola aérea defensiva, um problema em algumas partidas no início do ano. Acredito que contra o Cruzeiro o Grêmio não vai ficar somente se defendendo nem vai se atirar para o ataque. Vai tentar fazer um jogo equilibrado”, disse o repórter Rafael Pfeiffer, da rádio Guaíba.

INTERNACIONAL

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press


O Inter, por sua vez, só pensa em se ver livre do risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro. O Colorado está na 15ª posição, com 37 pontos, dois à frente do Vitória, primeiro clube na zona de rebaixamento.

Para não desgastar os titulares, Celso Roth deve mandar a campo um time alternativo para enfrentar o Atlético no Beira-Rio. Nos últimos três jogos da Copa do Brasil (a volta contra o Fortaleza e as duas partidas contra o Santos), os reservas estiveram em campo. Mas vale ressaltar que jogadores com grande potencial técnico, como os atacantes Eduardo Sasha e o venezuelano Seijas, devem começar entre os 11.

Com pouca expectativa na Copa do Brasil, o Inter jogará sem a pressão pelo resultado, o que pode favorecer o desempenho dos jogadores. “Dá pra tomar como base o que o time fez contra o Santos. O Sasha foi muito bem, o time jogou muito bem, sem grande peso, sem cobrança. A Copa do Brasil é vista como um bônus, o time não tem a obrigação de avançar. A vaga na final é vista como um bônus. Mas o número mágico para o Inter é o 45. É chegar a esta pontuação para se livrar do rebaixamento”, comentou o repórter Filipe Gamba, da rádio Gaúcha.

Embora tenha enfrentado início conturbado, Celso Roth, aos poucos, vai conseguindo conquistar resultados importantes. “O Inter do Celso Roth demorou a se encaixar. E ele continua bem no estilo dele. Algumas peças que traz para ele e algumas que a torcida pede, mas ele deixa de lado. O ambiente era conturbado, meio nervoso, teve uma briga entre jogadores em um treinamento, mas o nervosismo era pela falta de resultados, o Inter não tinha reação, mas isso começou a mudar”, disse Rafael Pfeiffer, da rádio Guaíba.

Roth falou sobre a estratégia do Inter para a reta final da temporada. “Estamos fazendo um trabalho de aproveitar as características do grupo. Não é por fazer, mas por conhecer as características do grupo. É um jogo de xadrez, vamos caminhando até achar o ponto. O Inter é maior do que isso, e tem condições de fazer uma final de campeonato e, quem sabe, uma Copa do Brasil do nosso tamanho. Mas vamos agora fazendo o nosso trabalho. Provavelmente vamos continuar, na quarta-feira, com a mesma estratégia que estamos usando até agora”, disse Celso Roth, após o Gre-Nal, indicando que utilizará reservas contra o Galo.

O Colorado não deve ter casa cheia contra o Atlético. Segundo o último balanço divulgado pelo clube, cerca de 15 mil torcedores garantiram presença na partida. Este número vai crescer nos próximos dias. A diretoria mantém promoção para os sócios.

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