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SÉRIE B

Possível punição por quebra-pau faz Mané Garrincha entrar na rota da Série B

Estádio é plano B para Goiás e Vila Nova. Arena mais cara da Copa de 2014 não recebe um jogo de futebol desde 6 de maio

postado em 29/06/2017 11:23 / atualizado em 29/06/2017 11:32

Ed Alves/CB/D.A Press
A interdição do Estádio Serra Dourada, em Goiânia, depois do quebra-pau entre torcedores de Goiás e Vila Nova no clássico do último sábado pela Série B do Campeonato Brasileiro, e a possibilidade de o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) punir os dois clubes com a perda de até 10 mandos de campo deixa a Federação de Futebol do Distrito Federal e a administração do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha de sobreaviso.
 
O Regulamento Geral das Competições da CBF prevê duas alternativas caso o STJD aplique o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O artigo 63 do RGC diz: “Se um clube for punido com perda de mando de campo, conforme previsto na Lei nº 9.615/98 e no art. 213 do CBJD, caberá exclusivamente à Diretoria de Competições (DCO) determinar o local no qual a partida será disputada. O primeiro parágrafo acrescenta que a cidade do estádio substituto deverá estar situada à distância superior a 100km da cidade sede do clube e de onde ocorreu o incidente que gerou a punição e que, a critério da DCO, o estádio substituto poderá situar-se em outro estado, desde que a federação local que estiver recebendo a partida esteja de acordo”, diz o texto do RGC.
 
Portanto, neste caso, o Mané Garrincha passaria a ser uma alternativa para Goiás e Vila Nova cumprirem as suas penas na Série B. O Vila Nova, por exemplo, receberá o Internacional no próximo dia 22 de julho, pela Série B do Campeonato Brasileiro.
 
A outra solução prevista no RGC é o cumprimento da pena imposta pelo STJD na própria cidade e estádio onde ocorreu a punição, mas com portões fechados ao público, vedada a venda de ingressos, prevê o artigo 67 do CBJD.
 
Em entrevista ao Correio, o presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta, aposta em uma solução rápida do impasse. “Eles (Goiás e Vila Nova) podem usar outro estádio em Goiânia, mas também vai ser resolvido logo. Ainda não pensamos em alternativas ainda. Até porque existe a possibilidade de não ter punição, de jogar com portão fechado e de jogar sem torcida organizada”, ponderou o dirigente. O Correio apurou com dirigentes do Vila Nova e do Goiás que o plano A em caso de punição de 1 a 10 jogos de mando é o Estádio Juscelino Kubitschek, em Itumbiara, que fica a mais de 100km de distância de Goiânia. Os dois clubes preferem jogar fora de Goiânia para não perder arrecadação. No caso do Vila, há expectativa de bom público no duelo com o Inter, no dia 22.
 
Em uma assembleia antes do Campeonato Brasileiro, os clubes votaram pela proibição da realização de jogos fora do estado de origem dos times — a chamada venda do mando de campo. Elefantes brancos da Copa de 2014, como o Mané Garrincha e as arenas das Dunas, Pantanal e da Amazônia estão fora da tabela e podem ser usados apenas em casos específicos como a possível perda de mando de campo de Vila Nova e Goiás. O Mané Garrincha não recebe uma partida de futebol desde 6 de maio, no segundo jogo da final do Campeonato Candango entre Brasiliense e Ceilândia.