A partida de volta será no próximo domingo, em Varginha. Lutando por sua 43ª conquista, o Galo chega à decisão mineira confiante e ao mesmo tempo aliviado pela classificação às oitavas de final da Copa Libertadores, depois da vitória por 2 a 0 sobre o Colo Colo. A receita alvinegra é manter a forte pegada para abrir vantagem em Belo Horizonte e poder atuar com segurança e tranquilidade no Sul de Minas. A última vez que a segunda partida da final mineira ocorreu no interior foi em 2006, quando o Cruzeiro levou a melhor sobre o Ipatinga.
Nesta competição, o Atlético, que muitas vezes se mostrou irregular e perdeu três confrontos – um para o próprio adversário, por 1 a 0, em Poços –, tenta pôr fim à invencibilidade da Veterana no Estadual. “Fizeram um bom trabalho até aqui e merecem todo nosso respeito. Têm muitos bons jogadores. E chegou a hora de quebrar a invencibilidade deles. É uma boa equipe, bem montada, mas vimos de um bom momento. Vamos levar isso para dentro de campo. Fazer um bom papel, achar o primeiro gol e ir com força total para tentar levar um resultado mais tranquilo”, avalia o atacante Luan.
O jogador marcou cinco vezes na competição, mas não balança as redes desde a goleada sobre o Tombense por 3 a 0, em Ipatinga, há mais de um mês. Para ele, a queda é natural, sobretudo porque vem desempenhando outras funções no meio-campo, o que o deixa mais longe do gol e da chance de finalizar. No ano passado, ele não esteve presente nas finais contra o Cruzeiro (dois empates por 0 a 0) porque se recuperava de cirurgia na cartilagem do joelho direito. Neste ano, é um dos que mais atuaram entre os atletas de frente: 19 jogos, 12 deles no Estadual.
Luan sabe que o Galo será campeão mineiro se houver doação coletiva, assim como ocorreu na vitória de virada sobre o Cruzeiro, nas semifinais. “O importante é cada jogador fazer o seu melhor papel dentro de campo. Não se ganha com um jogador só, e sim com o grupo todo. Estou ajudando a equipe da melhor maneira possível, marcando, armando, às vezes dando passe para gol. Claro que a gente vive de gol. Mas não tenho essa vaidade de querer fazer gol sempre. Quero é ajudar a equipe, e o importante é sair vitorioso.”
DESFALQUES
Para encarar a Caldense, que briga por seu segundo título (ganhou em 2002), o Atlético continuará sem o lateral-direito Marcos Rocha e o zagueiro Leonardo Silva. O primeiro se recupera de edema no tornozelo direito, e o segundo segue em tratamento de problema muscular. O volante Leandro Donizete está à disposição, mas ficará no banco, já que Levir Culpi optou por equipe mais ofensiva, com Rafael Carioca, Dátolo e Guilherme no meio-campo.
Desde que se livrou de lesão muscular, Guilherme jogará seu terceiro jogo como titular. Levir entende que o armador precisa readquirir ritmo. “Guilherme ainda não está em forma ideal e jogou 90 minutos em apenas dois jogos. Mas ele está bem preparado. Está alegre, feliz e é motivo de confiança para a final”, afirma o treinador.
AS ARMAS DE CADA UM
GALO
Esquema tático sólido
Criatividade de Guilherme
Faro de gol de
Lucas Pratto
Força da torcida
VETERANA
Esquema tático sólido
Defesa segura, só levou 4 gols
Faro de gol de Luiz Eduardo
Invicta em 13 partidas
FICHA TÉCNICA
Atlético
Victor; Patric, Edcarlos, Jemerson e Douglas Santos; Rafael Carioca, Dátolo e Guilherme; Luan, Lucas Pratto e Carlos
Técnico: Levir Culpi
Caldense
Rodrigo; Andrezinho, Marcelinho, Plínio e Rafael Estevam; Serginho, Yuri, Thiago Azulão e Nadson; Luiz Eduardo e Zambi
Técnico: Leonardo Condé
Estádio: Mineirão
Horário: 16h
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira (MG)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Márcio Eustáquio Santiago (MG)
TV: Globo e pay-per-view