Náutico
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Macaé

Em jogo entediante, Náutico empata sem gols com lanterna Duque de Caxias

Com o resultado, o Timbu ficou ainda mais longe do G-4

postado em 28/06/2011 21:36 / atualizado em 28/06/2011 22:27

Rodolfo Bourbon /Diario de Pernambuco

Você comemoraria um empate contra o lanterna da competição, adversário com retrospecto de três derrotas em três jogos como mandante, pouco mais de 5% de aproveitamento, pior defesa e público de 212 pagantes? Se você, alvirrubro, assistiu ao duelo entre Náutico e Duque de Caxias, certamente vai responder "sim". Quanto ao resultado, não ao rendimento.  

Nesta noite de terça-feira, em Macaé, o Timbu é quem parecia o último colocado da Série B. Limitou-se a marcar, torcer para a bola do oponente não entrar e agradecer Gledson por tantas defesas importantes. Resultado de 0 a 0 responsável por deixar o time alvirrubro cada vez mais longe do G-4. Partida entediante. Rendimento capaz de preocupar (e muito!) a torcida pernambucana.

O jogo começou aberto. Logo aos 50 segundos, o ex-alvirrubro Somália chutou cruzado, com perigo. Foi a primeira das várias jogadas originadas do lado direito do ataque carioca. Em seguida, o time pernambucano respondeu com um arremate de Eduardo Ramos. E parou por aí. Sucedeu-se, então, a pressão do Duque de Caxias. A mais perigosas saíram dos pés de Everton Silva e do ex-timbu Erick Flores.

As falhas defensivas se tornaram explicações rotineiras para o Gigante da Baixada ter passado dois meses sem vencer uma partida. Mas, ao longo do duelo contra o Náutico, a pontaria se tornou o erro mais grave. Bolas para fora e Gledson, coitado, à mercê das investidas adversárias.

Segundo tempo
O técnico Waldemar Lemos percebeu a avenida deixada por Aírton do lado esquerdo e sacou o atleta para promover a entrada de Jeff Silva. Nada mudou. Os mandantes seguiram atacando pelo setor. Aos sete e aos 15 minutos, respectivamente, Leandro Teixera e Somália exigiram elasticidade e reflexo do goleiro timbu. Os alvirrubros passaram a reagir, mas restritos aos lances de bola parada, em cobranças de Peter e Eduardo Ramos.

Em um jogo tão entediante, chamou a atenção o momento quando Marlon e Erick Flores, ex-parceiros de Flamengo e Duque de Caxias, desentenderam-se de “brincadeirinha”. O meia tricolor fez sinal de pedido de cartão ao árbitro, após receber falta. O zagueiro alvirrubro empurrou levemente o rosto do adversário, entre risos.

O Duque de Caxias seguiu a tônica de criar jogadas de forma entrosada, mas finalizar de maneira totalmente equivocada. Chutes fracos, pouco colocados. Quando acertava o pé, Gledson se mostrava cada vez mais como o "salvador da pátria". Ao apito final, alívio para quem acompanhou o confronto. Não só aos alvirrubros, em virtude da pressão adversária, mas para quem aprecia o bom futebol. Que passou longe de Macaé.

FICHA TÉCNICA

Duque de Caxias
Thiago Schmidt; Everton Silva, Vitor, Santiago e Paulo Rodrigues; Thiaguinho, Leandro Teixeira (Abedi), Tony e Erick Flores (Rafael Augusto); André Luiz (Valdiran) e Somália. Técnico: Caco Espinoza

Náutico
Gledson; Peter, Marlon, Ronaldo Alves e Aírton (Jeff Silva); Élton, Elicarlos, Derley e Eduardo Ramos (Philip); Rogério e Ricardo Xavier (Alexandro). Técnico: Waldemar Lemos

Local: Estádio Cláudio Moacyr (Macaé). Árbitro: Renato Cardoso da Conceição (MG). Assistentes: Jair Albano Felix (MG) e Celso Luiz da Silva (MG). Cartões amarelos: Leandro Teixeira, Tony, Everton Silva, Paulo Rodrigues, Vitor (D); Aírton (N). Público: 212. Renda: R$ 2.040,00