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Santos Dumont

Atletas e técnicos reclamam da organização dos Escolares de Pernambuco

As queixas são sobre atrasos no transporte, alimentação deficitária e logística

postado em 08/10/2014 20:03 / atualizado em 09/10/2014 11:15

Ana Paula Santos /Diario de Pernambuco

Blenda Souto Maior/DP/D.A Press
A jornada da equipe feminina de vôlei da Escola Monsenhor Alfredo Dâmaso, de Garanhuns, começou na última terça-feira, logo cedo. A empolgação estava estampada no rosto das atletas por terem chegado à fase final do Jogos Escolares de Pernambuco, que começou, na última terça-feira. O que era para ser uma experiência inesquecível, virou uma provação por conta da desorganização que impera na secretaria executiva de esportes de Pernambuco, que está vinculada à pasta de educação.

Por volta das 15h, o grupo chegou ao Santos Dumont, local das partidas de vôlei. Até aí, as meninas e o técnico Leonardo Queiroz estavam apenas com a primeira refeição do dia. “Acharam melhor os levar para o Sport, local do nosso jogo. Falei que as atletas não tinham almoçado. Mas o fato foi ignorado”, contou o treinador.

O jogo do EREM Monsenhor Alfredo Dâmaso estava marcado para às 17h, na Ilha do Retiro. Meia hora depois, a partida havia terminado e o representante de Garanhuns perdeu na estreia. O almoço/jantar do grupo só saiu às 20h, no bairro do Recife Antigo.

Ontem, os desencontros prosseguiram para ao time feminino de vôlei. Desde às 11h30 desta quarta-feira, o time aguardava a chegada da condução na porta do hotel. O ônibus só apareceu às 13h40, para levá-los ao restaurante Burburinho, no bairro do Recife Antigo. “O nosso segundo jogo estava marcado para às 14h30. Só conseguimos chegar na quadra, às 14h50, e ainda levamos bronca pelo atraso. Sem termos culpa”, explicou Leonardo Queiroz.

Equipes oriundas de Ouricuri, Bodocó, Trindade, Gravatá e Barreiros também sofreram com a falha na lojística dos Jogos (técnicos ficaram alojados em hotel diferente dos seus atletas). Outro ponto questionado pelos treinadores foi a qualidade na alimentação. “Começamos nossa viagem de Ouricuri às 6h30, da última terça-feira. Deixamos as equipes de futsal em Arcoverde e almoçamos por lá mesmo. Quando chegamos aqui, isso por volta das 22h30, o jantar foi cuscuz com salsicha e um copo de refrigerante. Sem falar que jogamos nos mesmo dia em que chegamos no Recife, depois de 12 horas dentro de um ônibus. A tabela foi muito mal feita. Os meninos estavam exaustos. Ontem, (anteontem), nos colocaram em um hotel e hoje (ontem) já nos tiraram para nos alojar em outro. Era para os meninos estarem descansando e estão todos aí, cheios de malas”, queixou-se o técnico Gilson Macedo, do EREM Fernando Bezerra.

Responsável pelo transporte e hospedagem dos participantes dos Jogos Escolares, Raiane Maciel ( que trabalha em parceria com Vladimir Xavier, que já foi gerente geral de esportes da secretaria e é funcionária da empresa Núcleo de Cidadania, vencedora da licitação para gerir as finais dsos Jogos Escolares de PE) afirmou que não houve atraso no transporte. Ela explicou ainda que o transtorno da mudança de hotel envolvendo os times de Ouricuri aconteceu por causa do horário da chegada da delegação. “Arruamos um hotel só para eles passarem a noite e agora eles vão para a rede que está trabalhando conosco”, explicou Raiane. Já a funcionária da secretaria de esportes Zita Campos, que acompanha o desenrolar das finais no Santos Dumont, conferiu o almoço servido, ontem, às delegações e constatou que estava tudo na mais perfeita ordem. “Também ouvi muitas queixas, principalmente em relação ao jantar. Mas conversamos com o restaurante e também com os atletas, que estavam desperdiçando a alimentação”, revelou Zita.

Esta fase dos Jogos Escolares de Pernambuco segue até o domingo e serve como classificatório para os Jogos Brasileiros da Juventude, marcado para o mês que vem em João Pessoa/PB. Lá, pelo menos, a organização estará nas mãos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).