Para Aldo, a subida de categoria seria melhor para Barão, que sofreria menos para cortar o peso. E nem mesmo o fato de ter mais um concorrente ao cinturão levaria o manauara a mudar de ideia e desaconselhar o amigo. O que vale para o campeão é que o parceiro alcance o sucesso em uma nova etapa da carreira no MMA.
“Ele tem que subir de categoria. Ele tem que ir para o pena. Ele sofria bastante para bater o peso galo, muito castigante para o corpo dele, mesmo sendo um moleque novo. Acho que a categoria de cima vai ser melhor para ele, tanto profissionalmente, na luta, como fisicamente. Por sofrer bem menos para bater o pena, vai lutar bem melhor do que no galo”, projetou o campeão dos penas.
Renan Barão sempre teve dificuldade para bater o peso, tanto que já passou mal antes de subir à balança e não pôde enfrentar o atual campeão dos galos, TJ Dillashaw, em revanche marcada para o UFC 177, em agosto de 2014. O reencontro ocorreu no UFC on Fox 16, em julho deste ano, e terminou com triunfo do norte-americano por nocaute técnico no quarto round, mantendo o cinturão.
Concorrência
José Aldo não tratará Renan Barão como um novo concorrente, caso o potiguar decida subir para os penas. O manauara considera que é muito cedo para projetar um duelo entre os dois, já que o parceiro teria que se adaptar à divisão. Mesmo assim, o campeão fez questão de ressaltar que torceria muito para Barão disputar o cinturão, mesmo com ambos dividindo a categoria.
"Para mim, não tem problema nenhum. Eu torço para ele, para que possa disputar o cinturão. Mas vocês estão vendo lá na frente, eu não vejo tão à frente ainda. Acho que primeiramente ele tem que se adaptar bem à categoria, não é uma categoria fácil. Pelo fato de ter perdido duas para o Dillashaw, todo mundo já viu mais ou menos seu estilo de luta, então não sei se vai ter o mesmo êxito que teve no galo. Sempre vou torcer por ele, para que possa estar "nas cabeças", porque ele é um moleque batalhador, que merece. E aí, eu deixo para o UFC e o Dedé (Pederneiras, treinador) resolverem futuramente, já foge da minha alçada”, frisou o manuara, em coletiva no Rio de Janeiro.