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Após recusa de lutas por cinturão peso pena do UFC, Cyborg revela estar em depressão

Em nota, brasileira disse que vem passando por seguidos problemas de saúde

postado em 06/12/2016 21:00

Getty Images
Depois que o presidente do UFC, Dana White, revelou que Cris Cyborg recusou duas lutas pelo cinturão peso pena – divisão ainda não criada pela organização -, contra Holly Holm e Germaine de Randamie, a brasileira se manifestou sobre o caso. Por meio de nota divulgada pelo combate.com., a paranaense disse que está com depressão e só poderá voltar ao octógono a partir de março de 2017.

Dana White contou que ofereceu lutas contra Holly Holm e Germaine de Randamie a Cyborg, ambas no UFC 208, em 11 de fevereiro, na Califórnia. A brasileira, em texto, informou que não trabalha mais sob a supervisão do nutricionista George Lockhart e disse que vem passando por seguidos problemas de saúde depois da vitória sobre Lina Lansberg no UFC Fight Night 95, em 24 de setembro, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília.

Ela disputou o duelo principal da noite e nocauteou no segundo round, conquistando a segunda vitória seguida no UFC. A paranaense, campeã peso pena do Invicta FC e que sempre teve dificuldade para lutar em uma divisão abaixo, alegou que sofreu muito para cortar peso e que está em um processo de depressão que a impediu de participar do evento em fevereiro. Cyborg garante que poderá voltar ao octógono a partir de março do próximo ano.

Leia o comunicado de Cris Cyborg

"No meu último corte de peso eu quase morri. Eu estava na banheira cortando peso, e eu pensei, 'vou morrer nesta banheira.' Foi o pior corte de peso na minha vida. Meu nutricionista, George Lockhart, que, aliás, é um funcionário do UFC, não fez um trabalho eficaz com esta pílula anticoncepcional que ele indicou, dizendo que me ajudaria. Mas graças a Deus, fui guerreira e bati o peso, cortando 11 kg em uma semana. Meu corpo estava retendo muita água. A última vez que falei com George Lockhart foi no vestiário antes da minha luta. Ele desapareceu depois da luta. N%u0103o vou mais trabalhar com ele.

Pela primeira vez eu não aqueci no vestiário como eu faço para cada luta porque estava muito fraca. Eu estava apenas orando a Deus e fui para a luta, e, mais uma vez, Deus me deu a vitória. Depois de tudo isso, voltei para minha cidade natal no domingo e fiquei doente no domingo. Minha mãe me deu chá e eu adormeci. No dia seguinte, como sempre faço depois das minhas lutas, fiz exames de sangue para ver se tudo estava bem depois de um terrível corte de peso. E pela primeira vez, as enfermeiras não podiam tomar meu sangue. Ele estava tão grosso que não saía, então não poderíamos fazer testes. Fiquei em tratamento por dez dias com o Dr. Ulisseia. Eu estava em observação porque estava me sentindo doente o tempo todo.

Você pode ver que eu não dar entrevistas depois da luta. Eu disse à PR do ao UFC Brasil, Lilian Caparroz, que queria cancelar todas as minhas entrevistas e não podia viajar. Depois de tudo isso, em casa, eu decidi que não iria mais lutar com esse peso (63kg), e que eu só lutaria na minha divisão. E só com 12 semanas de antecedência. Para a minha última luta, eles me deram oito semanas para me preparar.

Recebi uma ligação do UFC me oferecendo outra luta em peso-casado, e eu disse que eu não iria lutar com este peso mais. Eu precisava de uma pausa para recuperar a minha saúde normal, porque meu corpo estava fraco, eu estava anêmica.

Depois disso, eles me convidaram para lutar novamente, mas desta vez com o meu peso e valendo o cinturão, mas com dez semanas de antecedência. Sabendo que eu estava me recuperando, como eu disse, eu disse a eles que eu poderia lutar contra qualquer pessoa em março, mas preciso cuidar do meu corpo, para não citar o fato de que eu estou lidando com depressão grave, e não posso passar por outro corte de peso brutal como antes. Esta decisão é mais importante do que o cinturão ou a divisão, estou pensando na minha saúde.

Agradeço aos meus fãs. Nós conseguimos! Logo estarei lutando na minha divisão, onde sou a campeã do mundo. Vocês e Deus são leais. Eu estarei pronta para lutar contra qualquer uma em março."

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