Borrachinha, de 26 anos, que fez o camp para a luta na Team Nogueira, no Rio de Janeiro, academia dos irmãos Minotauro e Minotouro, busca a segunda vitória consecutiva para subir mais um degrau no UFC. Mas ele sabe que novo triunfo, agora em um card bem mais valorizado, significará mais visibilidade e confiança para o futuro na organização.
Em entrevista ao Superesportes, o lutador de Contagem, invicto no MMA – venceu as nove lutas que disputou -, disse que espera aproveitar o apoio da torcida diante de um ‘gringo’ e garantiu: vai manter o estilo agressivo e buscar o nocaute desde o início contra o norte-americano de origem nigeriana. O objetivo é ganhar a segunda e partir para um desafio ainda maior na organização, contra um oponente mais renomado.
Confira a entrevista com Paulo Borrachinha
Depois da boa estreia, você terá a chance de lutar em mais um evento no Brasil, agora em um card mais valorizado no Rio de Janeiro. É o momento de se firmar e ganhar mais confiança para a sequência?
É o momento de mostrar mais meu trabalho para as pessoas me conhecerem. É um card mais visado, com disputa de cinturão, nomes como o José Aldo, a Claudia Gadelha, mas não carrego nenhuma pressão por isso. Toda luta vai ter pressão, nenhuma é maior que a outra. É igual. Se você pensar, na primeira luta, eu tinha a pressão da estreia, agora, tem a pressão de ser em um card mais visado...Pressão sempre vai ter e não me afeta muito.
Você impressionou em Fortaleza ao partir para cima e buscar o nocaute diante de McLellan. Pretende manter a postura agressiva no Rio de Janeiro?
Sim. Meu estilo de lutar é esse, agressivo, sempre buscando a luta e vou fazer isso novamente.
Seu adversário tem um pouco mais de experiência, tem três lutas no UFC, mas vem de derrota para Mutante. Enfrentar um rival que vem de derrota é melhor?
Eu acho que isso não importa muito, não tem muito peso. O que importa é como eu estou. Isso importa mais do que como meu adversário está. Não me importo se ele vem de vitória, ou derrota, ou invicto... Cada luta é uma luta, é diferente. E cada atleta reage de uma forma. Mas, por estar numa organização como o UFC, vindo de derrota, ele pode sentir a pressão de ganhar e isso pode fazer com que ele cometa alguns erros, mas eu não me apego a esses detalhes. Eu me preocupo em como eu estou.
Na primeira luta vc teve o elemento surpresa a favor. Agora, talvez já seja mais conhecido e tenha sido estudado pelo adversário. Pretende mostrar algo novo no Rio?
Não, eu vou mostrar o meu trabalho, pressionar, buscar a luta e tentar nocautear logo. Sem surpresas (risos)
O que significa lutar diante da torcida?
Significa muito. Eu luto para eles, para mostrar a força do nosso povo, nossa perseverança, para mostrar que podemos lutar em alto nível, mesmo com todas as dificuldades, e sermos os melhores.
Como é o apoio da família, amigos e até companheiros de treinos em um momento de afirmação no UFC?
Eu sou muito apoiado pela família, pelos amigos e pelos meus companheiros de treino. E eles são um fator muito importante, me dão uma força a mais, um gás a mais. Quem tem esse apoio se sente mais fortalecido. E eu tenho esse apoio bastante. Todos me ajudam, cuidam de tudo para mim, enquanto eu estou focado em treinar, principalmente agora durante o camp para a luta.
Quais as pretensões daqui para frente? Vencer mais uma e já brigar por um lugar no TOP 15 dos médios? Ou pretende conquistar espaço aos poucos?
Depois dessa luta, eu já quero partir para pegar os tops da divisão e acredito que depois dessa luta, não vai ficar muita dúvida de que eu posso render muito bem no UFC. Esse é o principal questionamento quando você chega no UFC né, mostrar que você consegue render bem. Mas nessa luta eu vou dar uma resposta bem contundente e convincente. E quero até o final de 2018 lutar pelo cinturão da categoria.
Você ainda está invicto na carreira. Isso aumenta a responsabilidade, ou por outro lado dá mais confiança no momento da luta?
Me dá mais confiança. Eu sempre vejo o lado positivo das coisas. Eu podia ver o lado negativo, ver a dificuldade, a insegurança, ficar pensando “será que agora que eu perco a invencibilidade?”, mas, não, eu vejo sempre o lado positivo, com tranquilidade e confiança. O segredo é sempre ver o lado positivo das coisas.