Após agredir Angela Magana com um soco durante encontro de lutadores do UFC, em Las Vegas, Cris Cyborg publicou um desabafo nas redes sociais. A brasileira se defendeu das críticas e alegou ser vítima de bullying na internet devido à sua aparência – motivo da confusão com a lutadora norte-americana, que a comparou com o personagem Jigsaw, da série de filmes Jogos Mortais.
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“Quando comentários depreciativos são feitos no topo, isso faz com que o exemplo de cima seja aceitável e permite que indivíduos da base da pirâmide continuem seguindo esses exemplos dos líderes, estabelecendo uma cultura e práticas na companhia. Não é segredo que já fui e tenho sido vítima de bullying online. Em alguns momentos da minha carreira, senti como se houvesse um time de jornalistas usando a internet para formar a visão do público sobre a minha marca. Muitas vezes, era como se estivessem tentando me transformar no rosto do abuso de anabolizantes no MMA”, comentou Cyborg, se referindo ao episódio de doping por esteroides, no qual foi punida em 2011.
Cyborg ainda criticou a complacência do UFC nesses casos e cobrou medidas.
“Apesar de fazer alguns anos que alguém disse que eu parecia o ‘Wanderlei Silva de vestido’, não parece fazer muito tempo que eu ouvi alguém aconselhando sobre como cortar meu pênis me ajudaria a bater os 61kg do peso galo facilmente. Quando as pessoas veem ações de pessoas tão importantes sendo promovidas nas redes sociais sem nenhuma consequência, nem mesmo um pedido de desculpas público, elas acham que isso é um comportamento aceitável dentro da empresa, muitas vezes visto como uma oportunidade de autopromoção. Uma empresa jamais deveria permitir que seus funcionários desenvolvessem uma cultura de assédio sexual, discriminação racial ou discriminação contra mulheres”, declarou.
Com a queixa de Angela Magana, Cris Cyborg já citada no Departamento de Polícia de Las Vegas. Ela pode responder por crime de agressão em Las Vegas. Nesse caso, a pena é branda, podendo chegar a seis meses de prisão e pagamento de multa no valor de US$ 1 mil. E a detenção pode ser transformada em prestação de serviços comunitários. De qualquer forma, a brasileira terá que comparecer à Corte local para depoimento.
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