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Mineiro Rafael Sapo afasta pressão e foca na reação contra estreante no UFC em NY

Em entrevista, lutador de BH minimiza troca de rival e garante volta às origens

postado em 21/07/2017 07:44 / atualizado em 21/07/2017 09:03

Michael Reaves/AFP
Representante de Minas Gerais no UFC on Fox 25, neste sábado, em Long Island, Nova York, Rafael Sapo subirá ao octógono em busca da recuperação no peso médio. Com duas derrotas consecutivas, o lutador de BH enfrenta o estreante Eryk Anders, que entrou no card de última hora no lugar de Alessio Di Chirico. O italiano teve uma lesão no joelho e acabou vetado.

No momento em que deslanchava e buscava ascensão definitiva na divisão dos médios, com quatro triunfos seguidos, alcançando a melhor sequência n o UFC, Rafael Sapo perdeu o embalo. Primeiro, perdeu para Robert Whittaker, o atual campeão interino e que disputará o cinturão contra Michael Bisping, dono do título linear. Depois, o mineiro foi nocauteado por Tim Boetsch em Nova York, no Madison Square Garden, praticamente ao lado de sua casa nos EUA.

Em entrevista ao Superesportes, Sapo, de 34 anos, garantiu que não sentirá qualquer tipo de pressão para derrotar o estreante Anders. O lutador nascido em BH na Região do Barreiro, se considera experiente o suficiente para não se preocupar com a obrigação de vitória em Long Island. Ele ainda minimizou a troca repentina de adversário, a poucos dias para o evento e assegurou: ‘Estou pronto’. 

Eryk Anders é um novato no MMA, invicto com sete lutas profissionais no cartel, e estreante no UFC. Como você analisa o adversário?

Eu o considero um cara bem experiente, apesar das poucas lutas. Ele tem a característica de acabar as lutas rapidamente, como já fez em disputa de cinturão. Ele é explosivo, canhoto, e tem a mão pesada. Apesar do pouco tempo do anúncio do adversário, tivemos como mexer nisso durante os treinamentos. Ele também tem experiência em lutas no MMA amador. Estou pronto para isso.

Como você lidou com a troca de adversário praticamente às vésperas da luta? O que mudou no camp? 

Não sou de escolher adversário. Também não fico escolhendo muito treino, focando só num cara específico. Eu tenho que andar para o lado, porque ele é canhoto. Estamos bem preparados. Não tenho que preocupar com troca de adversário, porque essa é uma situação que sempre pode acontecer. É normal. O importante é lutar, e o UFC fez um ótimo trabalho não deixando essa luta cair.

Você teve sua melhor sequência no UFC, com quatro vitórias seguidas, figurou no Top 15 do ranking dos médios, mas vem de duas derrotas seguidas. Você sente alguma pressão após esses maus resultados?  

A pressão sempre tem, mas não penso nisso. Tenho sete anos de UFC, com 17 lutas, e estou seguro. Vou buscar a vitória sem pressão de ‘mandar embora’, ‘ser cortado’.  Eu tive duas derrotas, uma para o novo campeão interino, que é um cara duríssimo. Tive uma luta bastante equilibrada e perdi por pontos. A outra derrota foi num cruzado que Boetsch acertou, e isso poderia acontecer com qualquer um.

O nocaute na luta anterior determinou em alguma mudança na maneira de preparação?

Acredito que não. Contra Boetsch, eu não consegui entrar na luta. O que eu tenho que fazer agora é voltar às origens. Preciso ser agressivo e não respeitar muito o adversário. Eu também tenho uma mão pesada. Eu confio nisso

AFP
Apesar da derrota, você travou uma luta dura contra Robert Whittaker, que se tornou campeão interino recentemente. Como você avalia essa ascensão do Whittaker, que bateu outros caras importantes da categoria, como Jacaré e Romero. 

Todo mundo agora me pergunta sobre Whittaker. Mas eu sempre achei que ele tinha potencial para ser o campeão. Ele é um cara muito forte, com a mão pesada. Ele terá uma luta difícil contra Bisping, mas ele é o favorito para conquistar o título linear. Não me surpreendeu essa ascensão dele. Ele tem muito futuro.

Você não estava fora desde novembro do ano passado. Qual motivo do afastamento? Pretende mais quantas lutas neste ano?  

Eu tirei tempo para melhorar, treinar. Foi importante dar uma pausa. Não foi por nenhuma lesão, nem nada. Eu lutaria em maio, mas acabou que vai ser agora, em julho. O objetivo agora é voltar ao caminho das vitórias.

O UFC agora tem outro representante mineiro no peso médio, Paulo Borracinha. Como você analisa o surgimento dele, que está invicto e com boas vitórias no UFC.

Belo Horizonte está bem representada. A cidade sempre teve ótimos atletas. Também tem a Ju (Thai), uma ótima atleta de BH, que treina aqui com a gente, em Nova York. Estamos vendo ele se destacar no UFC, vencendo bem, nocauteando. Borracinha é um cara duro, novo, e vai evoluir ainda mais.

UFC on Fox 25
Neste sábado, a partir das 16h50
Long Island, Nova York

Card principal
Chris Weidman x Kelvin Gastelum
Dennis Bermudez x Darren Elkins
Patrick Cummins x Gian Villante
Jimmie Rivera x Thomas Almeida

Card preliminar
Lyman God x Elizeu Zaleski dos Santos
Rafael Natal x Eryk Anders
Ryan LaFlare x Alex Oliveira
Damian Grabowski x Chase Sherman
Kyle Bochniak x Jeremy Kennedy
Brian Kelleher x Marlon Vera
Shane Burgos x Godofredo Pepey
Chris Wade x Frankie Perez

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