GSP espera mudar fama de 'amarrar lutas' na volta ao UFC contra Michael Bisping

Indiscutivelmente um dos grandes personagens do Ultimate Fighting Championship, Georges St-Pierre sempre conviveu com a divisão de fãs. O canadense era idolatrado por muitos, mas também criticado por outros que viam seu estilo como conservador e pragmático no octógono. Com fama de ‘amarrar lutas’, GSP espera mudar essa visão negativa no retorno ao UFC, em duelo pelo cinturão peso médio contra o campeão, Michael Bisping, no dia 4 de novembro, em Nova York. 

A fama de St-Pierre não é por acaso. Das 25 vitórias conquistadas no MMA, 12 ocorreram por decisão unânime dos juízes, enquanto oito foram por nocaute. Ele finalizou em apenas cinco ocasiões. No UFC, foram 11 triunfos por pontos, o que para muitos explica as críticas quanto ao estilo pouco ofensivo e cadenciado, especialmente em duelos pelo cinturão. Ex-campeão dos meio-médios, o canadense defendeu o título vencendo nada menos que sete vezes seguidas na pontuação dos árbitros laterais.

Para GSP, nada melhor que mudar essa fama de conservador no retorno ao UFC. Ele garantiu que apresentará um estilo diferente contra Bisping. A meta é finalizar ou nocautear o inglês. “Treinei mais coisas, vou mais para machucar os caras, para nocautear ou finalizar. Serei mais oportunista. Às vezes, quando se está vencendo, é como xadrez, é sobre o cara que está perdendo criar uma brecha para tentar vencer. Se ele não fizer, você continua fazendo seu jogo. Agora sinto que com meu treino dos últimos anos, me sinto indo para finalizar”, declarou, em entrevista ao programa The MMA Hour.

Georges St-Pierre disse que a própria postura de alguns adversários, que segundo ele entravam no octógono preocupados em não ‘apanhar’, o fazia controlar mais as ações sem usar muito troca de golpes. Agora, o canadense assegurou que a atitude será outra. “Lutei com vários caras que aceitavam a derrota, lutavam para não apanhar muito e não para vencer. Eu lutava para vencer, mas é difícil não poder se expor demais. Eu pensava demais. Agora que ser mais oportunista e colocar mais vontade pelo fim”, projetou.