“Estamos trabalhando, aproveitando o tempo curto. O treino nem é tão secreto assim, já que são só dois dias de trabalho”, minimizou o treinador, com um sorriso no rosto. “Faço isso apenas para os jogadores ficarem mais concentrados. Quando muita gente está caminhando ao redor, atrapalha. Mas e no jogo? Lá, você já vai estar preparado. É no treino que se sente mais esses rumores. Sem eles, o atleta arrisca algumas jogadas e adquire confiança para executá-las”, argumentou.
Dunga lamentou bastante o curto período que teve para preparar a sua misteriosa formação para o jogo com os chilenos. Ele não confirma se voltará a apostar em Oscar na armação, no lugar de Lucas Lima, e se utilizará Marcelo ou Filipe Luís na lateral esquerda, por exemplo. No meio-campo, a dúvida é entre Elias e Fernandinho.
Para fazer as suas apostas, Dunga foi prejudicado pela apresentação tardia de alguns jogadores, como David Luiz, Douglas Costa, Marquinhos e Kaká, que só se juntaram aos demais na terça-feira. O medo de os problemas aumentarem também afastou a Seleção Brasileira do Estádio Nacional, local do compromisso com o Chile.
“O ideal seria que os jogadores tivessem o treinamento com o material que será usado no jogo. Assim, você vê se o campo é mais rápido, duro ou soft. Mas respeitamos o regulamento. Se eles estivessem de tênis em um campo molhado, poderiam acontecer lesões”, argumentou.
Do outro lado, o Chile também tem suas adversidades. O técnico Jorge Sampaoli está pessimista em relação ao aproveitamento do meio-campista Arturo Vidal, com o joelho direito contundido. O atacante Alexis Sánchez, outro destaque da equipe, preocupa por conta de uma lesão na virilha.
“É difícil falar se isso é um despiste. Temos que nos preparar da melhor maneira possível, trabalhando com a hipótese de que eles virão com os jogadores de sempre”, afirmou Dunga.