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ELIMINATÓRIAS

A um passo do paraíso, Brasil precisa de um empate contra o Uruguai para ir à Copa

Seleção de Tite lidera Eliminatórias e vem de seis vitórias consecutivas

postado em 23/03/2017 07:37 / atualizado em 23/03/2017 11:20

AFP
Nem Japão, Austrália, Camarões, África do Sul ou mesmo Arábia Saudita. Longe de ser qualquer aposta no início, a Seleção Brasileira pode desbancar a tradição oriental ou africana e se tornar o primeiro classificado à Copa do Mundo de 2018 dentro de campo. Vindo de seis vitórias consecutivas, o time de Tite chega ao feito histórico se vencer a pedreira contra o Uruguai, no duelo de líder e vice-líder, nesta quinta-feira, às 20h (de Brasília), no Estádio Centenário, em Montevidéu. Faltam cinco rodadas para o fim das Eliminatórias Sul-Americanas. Numa época ainda de críticas pela goleada sofrida diante da Alemanha por 7 a 1, em 2014, nunca foi tão fácil o país se garantir no Mundial desde que este formato foi adotado.

Em 2002, por exemplo, com trocas sucessivas de treinadores, o Brasil só se assegurou na Copa depois de golear a Venezuela por 3 a 0, em sua última partida. Na edição seguinte, o então time comandado por Carlos Alberto Parreira massacrou o Chile por 5 a 0 e se classificou para o torneio na Alemanha com duas rodadas de antecipação. Já o caminho para o Mundial da África do Sul, em 2010, foi até mais tranquilo: o triunfo histórico sobre a Argentina por 3 a 1, em Rosário, carimbou o passaporte a três rodadas para o fim das Eliminatórias.

A projeção de Tite aponta que o Brasil conquistará o objetivo até mesmo com um empate no Estádio Centenário, atingindo os 28 pontos, mesma pontuação do quarto colocado nas últimas duas edições da competição com 10 seleções – Equador (2002) e Argentina (2006). Ainda que o resultado positivo seja importante para as contas do treinador, a meta do grupo é continuar atuando em alto nível, superando todas as adversidades nesta noite, como o clima de pressão da torcida.

“Jogar no Uruguai é sempre difícil. A história fala por si, pois foram duelos difíceis que a Seleção teve em anos anteriores. Temos de estar atento aos detalhes, fazendo jogo com maturidade e paciência. O fato de ser o primeiro contra o segundo colocado aumenta a rivalidade, mas contamos com jogadores experientes e acostumados à pressão”, ressalta o goleiro Alisson, que amarga a reserva no Roma, mas tem números positivos pela Seleção Brasileira: ele não sofre gols há quatro jogos.

A ausência do atacante Gabriel Jesus tem sido minimizada pela comissão técnica. Artilheiro do Brasil na competição, o ex-palmeirense fraturou o pé direito e só voltará a jogar em maio. Tite vem trabalhando a formação da equipe para que Roberto Firmino, o substituto de Jesus, esteja à vontade para jogar. “Acho que temos um futebol parecido, isso é bom. Gabriel teve a infelicidade de se machucar. Mas eu estava nas outras convocações. Já vinha entrando bem e ajudando. Estou preparado. Para mim, significa tudo, uma ótima oportunidade”, afirma o atacante do Liverpool, que tem cinco gols em 12 jogos pela Seleção.

ESPERANÇA


Neymar está confirmado no ataque e volta ao Estádio Centenário seis anos depois de jogar a decisão da Copa Libertadores entre Santos e Peñarol, em 2011. O camisa 10 chegou ao Brasil somente na terça-feira pela manhã e fez apenas dois treinos com o grupo. Neste jogo, é certo que ele terá marcação especial, sobretudo do lateral Corujo e do volante Pereira, que atuam pelo lado direito. Ele terá duelo especial com Cavani, cujo PSG foi trucidado por 6 a 1 na Liga dos Campeões, com show do brasileiro pelo Barcelona.

O palco da partida estará lotado. Até quarta-feira, cerca de 42 mil ingressos haviam sido vendidos, 75% da capacidade do estádio. Os bilhetes custam entre R$ 75 e R$ 490. Na terça-feira, o Brasil volta a campo, com promessa de lotação máxima, para encarar o Paraguai, no Itaquerão. (Com agências)

O ADVERSÁRIO

Dois desfalques
A ausência do atacante Luís Suárez não é o único desfalque do Uruguai para enfrentar os brasileiros. Assim como o jogador do Barcelona, o goleiro Muslera cumpre suspensão automática por causa do terceiro cartão amarelo e volta a campo contra o Peru, terça-feira, em Lima. Para o gol, o técnico Óscar Tabárez confirmou o vascaíno Martín Silva. No setor ofensivo, Diego Rolán, de 23 anos, que joga no Bordeaux, será o companheiro de Cavani. O armador De Arrascaeta, do Cruzeiro, fica como opção de banco. Cavani espera jogo disputado: “São partidas que sempre são jogadas a um ritmo e intensidade muito fortes. Em Montevidéu, em casa, tentaremos jogar duro para que tudo possa sair como queremos e conseguir nosso primeiro objetivo, que é vencer”.

URUGUAI x BRASIL

URUGUAI
Martín Silva; Corujo, Coates, Godín e Gastón Silva; Pereira, Arévalo Ríos, Carlos Sánchez e Cristian Rodríguez; Cavani e Diego Rolan
Técnico: Óscar Tabárez


BRASIL
Alisson; Daniel Alves, Miranda, Marquinhos e Marcelo; Casemiro; Paulinho, Renato Augusto, Philippe Coutinho e Neymar; Roberto Firmino
Técnico: Tite

Estádio: Centenário
Horário: 20h (de Brasília)
Árbitro: Patrício Loustau (ARG)
Assistentes: Diego Bonfa e Gustavo Rossi (ARG)
TV: Globo e Sportv

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