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CRUZEIRO

Cruzeiro pode iniciar Série A sem patrocinador master diante de 'economia desaquecida'

Bicampeão ainda não encontrou parceiro disposto a investir quantia milionária

postado em 25/03/2015 17:40 / atualizado em 25/03/2015 19:13

Washington Alves/Light Press
Mesmo com os dois últimos troféus do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro completará na próxima semana o terceiro mês sem patrocínio master. Desde que rompeu a duradoura parceria com o Banco BMG, o clube tem encontrado dificuldades para assinar com nova marca disposta a investir cerca de R$18 milhões no espaço mais nobre da camisa azul celeste.

Designado especialmente pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares para prospectar o novo contrato, o diretor comercial do clube, Robson Pires, justificou o motivo da demora. “O mercado e a economia estão desaquecidos. Para uma empresa fazer um investimento desse tamanho, eles precisam avaliar durante muito tempo. Existem muitas variáveis”, disse o dirigente, que esteve à frente das negociações com a Caixa, hoje estagnadas.

“Conversamos com a Caixa, estivemos próximos de um acordo, mas depois da troca de comando quase não conversamos mais. Fizemos alguns contatos por telefone, mas nada concreto. Hoje as conversas estão completamente paralisadas”, afirmou Robson. Há negociações com outra marca, mas o diretor não quis adiantar nem sequer o ramo de suas atividades, já que as tratativas ainda estão em fase embrionária.

“Falta cerca de um mês para o início do Campeonato Brasileiro e existe a possibilidade de começarmos a competição sem um patrocinador. É uma situação imprevisível. Pode acontecer rapidamente ou demorar. Hoje, a realidade é que estamos sem patrocinador”, constatou. Dos times que participarão da primeira divisão do campeonato nacional, apenas São Paulo, Santos, Avaí e Cruzeiro não fecharam acordo de patrocínio master.

Nos bastidores do clube, interlocutores da diretoria ouvidos pela reportagem não entendem o motivo de o atual bicampeão brasileiro ter ficado sem patrocínio de manga em 2014 e não ter o espaço nobre ocupado este ano. Apesar disso, Robson tem confiança irrestrita do presidente Gilvan na condução das tratativas.

“Não há qualquer tipo de pressão. Sabemos que a hora que o Cruzeiro colocar um patrocínio master, isso vai mexer com torcedor, com setores do clube, que vivem a sua rotina. Isso afeta a curiosidade das pessoas, lido normalmente”, ressaltou Robson.

Em 2015, o Cruzeiro já fechou patrocínio para as omoplatas e para as mangas da camisa. Ambos frutos de parcerias “casadas” com o Atlético. A empresa de laticínios Cemil e a Vilma Alimentos estampam suas marcas nos uniformes dos rivais mineiros desde o início do Estadual e têm contratos por mais três temporadas. Recentemente, a Raposa renovou um dos vínculos.

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