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CRUZEIRO

Gilvan volta a defender mudança do estatuto do Cruzeiro, mas evita colocar prazo para assembleia

Presidente reiterou posição a favor de alterações no texto e assumiu diálogo

postado em 24/05/2017 06:00 / atualizado em 23/05/2017 19:12

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Gilvan de Pinho Tavares voltou a comentar a pauta que trata sobre a mudança do estatuto do Cruzeiro. Em entrevista na tarde desta terça-feira, quando participou da inauguração da nova academia da Toca da Raposa I, o presidente respondeu aos questionamentos dos jornalistas sobre a evolução do tema no Conselho Deliberativo e se há um prazo para a convocação da assembleia que votará possíveis mudanças no documento, uma espécie de constituição do clube.

“A minha posição pessoal é a favor da mudança do estatuto. Sempre foi, já falei sobre isso em outros momentos. Precisa ser modificado. Você comparar o estatuto do Cruzeiro da minha época, era um dos mais modernos do Brasil, copiado por diversos clubes do Brasil, (...) mas a lei muda. E a gente, infelizmente, parou no tempo. Ficamos para trás na atualização do estatuto e ele precisa ser reformado. Sou favorável à reforma, já declarei na reunião do Conselho. Mas vamos dialogar, não vou fazer nada goela abaixo. Vamos ver como isso caminha, e espero que a gente caminhe para um lado favorável”, projetou.

Entre as principais mudanças sugeridas por Gilvan e por seu grupo político está a alteração do artigo que impede conselheiros mais novos de se candidatarem às eleições presidenciais marcadas para o fim deste ano. O atual mandatário já afirmou em outras ocasiões que pretende abrir espaço para que lideranças mais novas assumam a gestão do Cruzeiro. “Não posso dar prazo porque não tenho a convicção se as alterações vão ou não acontecer. Vamos discutir mais, debater mais e ver qual vai ser a solução ideal para esse momento político do Cruzeiro”, complementou o presidente.

Nos bastidores, o clube está dividido. De um lado, membros do conselho tentam viabilizar o desejo de Gilvan de Pinho Tavares pela flexibilização do documento para permitir a candidatura de nomes com menos tempo de casa. A justificativa para a proposta, segundo alguns dos consultados, é a “necessidade de modernização do documento” e “dar espaço a novas lideranças”. Em outro campo político, a corrente liderada pelo ex-presidente e pré-candidato à presidência Zezé Perrella luta pela manutenção do texto atual e sinaliza que há “casuísmo” em realizar substituições no documento em pleno ano eleitoral.

Até o momento, além de Zezé Perrella, outros dois nomes trabalham com uma pré-candidatura ao mais elevado cargo celeste. O também ex-presidente César Masci, que ocupou a cadeira entre 1991 e 1994, e Márcio Rodrigues, segundo vice-presidente da atual administração, anunciaram suas intenções de concorrer à vaga. As eleições no Cruzeiro serão marcadas para o fim deste ano.

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