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Oswaldo de Oliveira revela incômodo com seu 'descarte' no Flamengo: 'Muito chato'

Treinador disse que gostaria de ir com o time até o final do Campeonato Brasileiro

postado em 28/11/2015 13:10 / atualizado em 28/11/2015 13:13

Divulgação
Confirmada na manhã deste sábado, a saída de Oswaldo de Oliveira do comando técnico do Flamengo já era esperada. Surpreendente seria sua permanência, uma vez que a diretoria não conseguia esconder que o clube tem outras pretensões para a próxima temporada, situação que incomodou o treinador de 64 anos. Segundo ele, sua dispensa no fim do ano já havia sido avisada na última segunda-feira, mas a maneira como o caso foi conduzido o levou a antecipar sua saída, a duas rodadas do fim do Brasileirão.

“Eu gostaria pelo menos de ir até o final (do Campeonato Brasileiro), mas aqui as pessoas não respeitaram a maneira como as coisas deveriam ser levadas até o fim. Então isso começou a comprometer meu estado de espírito e o próprio planejamento do Flamengo, que tem uma eleição presidencial pela frente (no dia 7 de dezembro). Assim, como não tínhamos nenhuma pretensão no campeonato, conversei novamente com o Rodrigo (Caetano, gerente de futebol) e só confirmamos o que eles já tinham decidido”, revelou o técnico, em entrevista à ESPN Brasil.

Com a aproximação das eleições, mesmo o atual presidente, Eduardo Bandeira de Mello, chegou a traçar o perfil do profissional que gostaria de ver à frente do clube em 2016, “antenado com o que há de mais moderno no futebol”, fazendo poucos esforços para não dar a entender que não se tratava de Oswaldo. Os outros dois candidatos, Wallim Vasconcellos e Cacau Cotta, nem cogitavam a permanência do veterano em caso de vitória no pleito.

Nos últimos dias, ganharam força as especulações de que Muricy Ramalho está muito próximo de um acerto com o time da Gávea para ser o treinador na próxima temporada, e o nome do argentino Edgardo Bauza também foi ventilado. A discussão a respeito do nome de seu substituto antes mesmo de sua dispensa oficial também irritou Oswaldo.

“Eu olhei para frente e achei que não ia somar mais nada agora, com tudo já determinado. Assim o Flamengo não precisa ficar escondendo que está tratando com outros treinadores só para me preservar, porque isso é muito chato. Agora as coisas ficam claras, o clube contrata quem quiser e eu sigo meu destino também”, criticou o treinador, que deve dar sequência à carreira no exterior, provavelmente na Ásia, onde já treinou o Al-Ahli-CAT e o Kashima Antlers-JAP nas últimas duas décadas.

Apesar de mostrar-se satisfeito com a decisão de deixar o clube por já estar descartado pela diretoria, o técnico fez questão de lamentar a opção por esse descarte. Oswaldo assumiu o Flamengo em agosto, para substituir Cristóvão Borges, e teve bom início, mas viu o time cair de rendimento até ocupar a atual 11ª posição no Brasileiro, com 49 pontos.

“Não dá para avaliar meu trabalho, porque para isso precisa ter início, meio e fim, e nós mal começamos. Nós não tivemos tempo para preparar, para trabalhar. Mas isso é curricular no futebol brasileiro, não muda nada. Quando os resultados não vêm, todo e qualquer outro ingrediente é esquecido”, concluiu o treinador, que dirigiu o time por 18 jogos em sua segunda passagem pelo Rubro-Negro, somando 50% de aproveitamento.

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