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SÃO PAULO

Álvaro Pereira se diz contagiado por Rogério Ceni e o compara ao argentino Javier Zanetti

Uruguaio disse que jogar ao lado do goleiro o emociona, assim como foi com Zanetti

postado em 21/10/2014 12:18 / atualizado em 21/10/2014 12:31

Gazeta Press

Site Oficial / saopaulofc.net
A experiência de jogar ao lado do ídolo são-paulino Rogério Ceni foi comparada por Álvaro Pereira à de ser companheiro de outra lenda do futebol mundial, o já aposentado e atualmente dirigente Javier Zanetti, argentino com quem atuou na Inter de Milão. Para o lateral esquerdo uruguaio, a dedicação de ambos é contagiante para os jogadores mais jovens.

"Isso me dá muito prazer. É bonito jogar com grandes jogadores. Tive a possibilidade de jogar e de ser amigo íntimo do Zanetti antes de ele se aposentar. Agora, tenho a possibilidade de jogar com o Rogério. Não tem dinheiro, não tem preço. Jogadores que são emblemas em cada time. É algo para guardar no coração para sempre, para se lembrar e contar ao seu filho", disse o jogador de 28 anos, nesta terça-feira.

Na semana passada, antes da partida decisiva das oitavas de final da Copa Sul-americana, contra o Huachipato, a preleção de Ceni emocionou o elenco no vestiário. O capitão lembrou sua primeira partida como profissionalmente, justamente no Chile, e ressaltou o desejo de ser campeão sul-americano mais uma vez antes de se encerrar a carreira, em dezembro.

"Isso contagia, dá mais vontade de entrar em campo e deixar tudo em campo pelo companheiro, sabendo que tem um cara de 41 anos que ainda está jogando, e jogando como se fosse o primeiro dia. Ver que tem jogadores que chegaram da Europa e também têm sonho de vencer, de ficar na história do São Paulo. Ver jogadores que passaram por um campeonato difícil no ano passado. Isso dá mais força nesta reta final", comentou.

Também no Chile, Álvaro Pereira teve a experiência de ser capitão do São Paulo pela primeira vez. Após encarar uma maratona de mais de 16 mil quilômetros para se juntar à delegação, depois de servir à sua seleção, o lateral foi presenteado por Ceni com a braçadeira. O goleiro explicou que, além de um agradecimento pelo esforço da viagem, a atitude teve como intenção facilitar a comunicação com a arbitragem de língua espanhola.

"Sinceramente, eu não esperava. Fiquei muito surpreso. É uma responsabilidade bonita, disse obrigado a ele e ao professor (o técnico Muricy Ramalho). As coisas correram bem, eles viram o esforço que fiz para chegar o jogo. Mas a faixa de capitão, para mim, é secundária", respondeu o uruguaio, quando questionado se poderia herdar de vez essa responsabilidade no ano que vem, quando Ceni já terá se aposentado. "Não vai mudar nada ser ou não ser capitão. Se tiver essa possibilidade, bem-vinda seja. Será algo grandioso, pela história que os uruguaios têm aqui. Senão, não muda nada".

Seu contrato com o São Paulo se encerra no meio da próxima temporada. Encerrado o empréstimo, ele teoricamente terá que retornar à Inter de Milão, onde Zanetti é atualmente vice-presidente.

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