Invicto há 11 jogos no Mineirão, o Atlético completa hoje dois anos desde a última derrota no Gigante da Pampulha. O estádio se tornou carta na manga do Galo, que tem recorrido ao local para conquistar resultados importantes, erguer troféus e intimidar adversários. Este clima de caldeirão é o que jogadores e comissão técnica esperam contra o São Paulo amanhã, às 22h, pela 16ª rodada do Brasileiro, jogo importantíssimo para as pretensões alvinegras de encerrar o primeiro turno com boa vantagem na liderança.
Desde o revés para o Cruzeiro por 4 a 1, em 28 de julho de 2013, pelo Brasileiro, quanto escalou time reserva e ainda curtia a ressaca pela conquista inédita da Libertadores, quatro dias antes, no mesmo campo –, o Atlético só teve alegrias no Mineirão. Aliás, desde a reinauguração da arena, em 16 jogos os atleticanos só perderam três, todos para os celestes. No ano passado, foram cinco vitórias, um empate e três títulos: Mineiro, Recopa e Copa do Brasil – o primeiro e o último sobre o arquirrival. “É um grande estádio e, como sempre, teremos mais torcedores. Sinto-me impressionado com nossa torcida. Sempre temos casa cheia e, com mais torcedores nos animando, apoiando, é ainda melhor. Espero ver a casa cheia”, afirmou o colombiano Cárdenas, que herdou a vaga do criticado Dátolo no coletivo de ontem, na Cidade do Galo.
Nesta temporada, foram dois empates e três vitórias, a última em condição semelhante à de amanhã. No dia 8, o alvinegro encarou outro concorrente direto, o então invicto Sport, e venceu por 2 a 1. O resultado o manteve na liderança. Amanhã, o adversário será uma equipe cinco pontos atrás, na quinta posição e vindo de vitória sobre o Cruzeiro por 1 a 0, o terceiro triunfo em quatro partidas. “Por mais que o São Paulo seja mais técnico, será um jogo de muita marcação, pegado, pois eles têm seus objetivos também. É mais uma decisão e é com espírito de fim de campeonato que temos que entrar em campo”, afirmou o goleiro Victor.
REENCONTRO COLOMBIANO Contra os são-paulinos, os jogadores do Atlético ficarão frente a frente com o técnico Juan Carlos Osorio. Antes de assumir o tricolor, o colombiano comandava o Nacional de Medellin, que eliminou o Galo nas oitavas de final da Libertadores do ano passado – vitória por 1 a 0 na Colômbia, gol do hoje alvinegro Cárdenas, e empate por 1 a 1 no Independência. O treinador, que cumpriu suspensão no triunfo sobre o Cruzeiro, volta ao banco amanhã.
“Seria uma bonita oportunidade reencontrar um treinador com quem fiz um trabalho muito bom. Quando vim para cá nos falamos, mas agora estamos um contra o outro. É um grande treinador, que troca muitos jogadores, pois sempre estuda adversários e, a partir disso, define o time”, elogiou o armadoratleticano. Se Cárdenas for confirmado, o Atlético assumirá postura bastante ofensiva em relação aos últimos jogos. Com a saída de Dátolo, Rafael Carioca e Leandro Donizete terão a missão de marcar o meio-campo são-paulino. Giovanni Augusto, centralizado, vai municiar o ataque, formado por Thiago Ribeiro na direita, o argentino Pratto de centroavante e Cárdenas pela esquerda.
O ADVERSÁRIO
Reforços dentro e fora de campo
A vitória sobre o Cruzeiro por 1 a 0, domingo, motivou os jogadores do São Paulo, que têm a chance de encostar nos primeiros colocados caso vençam amanhã o primeiro colocado do Brasileiro. “O Atlético está bem e é líder isolado do campeonato, mas nosso time precisa fazer fora o que já vem apresentando em casa. Temos grandes chances de conseguir os três pontos lá, mesmo com a boa fase deles”, declarou o lateral-esquerdo Carlinhos, que voltou ao time depois de quatro rodadas e participou do gol, atribuído pela arbitragem a Pato. Para enfrentar o Galo, o técnico Juan Carlos Osorio, que cumpriu suspensão contra os celestes, terá dois reforços, que cumpriram suspensão: o armador Ganso, que deve voltar ao meio-campo, e Luís Fabiano, provavelmente no banco, com o argentino Centurión sendo mantido entre os titulares.
ATLETICANAS...
SÉTIMO JOGO
Se entrar em campo contra o São Paulo amanhã, Guilherme completará o sétimo jogo no Brasileiro e não mais poderá defender outro clube na Série A. Caso seja mais uma vez negociado ao exterior, o clube interessado terá de pagar multa. No início do mês, ele foi liberado pelo alvinegro para viajar ao México e acertar com o Cruz Azul, mas os mexicanos e o jogador não chegaram a acordo. Guilherme já manifestou o desejo de cumprir seu contrato.
ALEGRIA DO Nº 1
De contrato renovado por quatro temporadas, Victor (foto) falou ontem pela primeira vez desde o acerto, anunciado sábado pelo presidente Daniel Nepomuceno. “Fico feliz pelo reconhecimento. Ainda tinha dois anos pela frente e a diretoria reconheceu meu trabalho, minha identificação com o clube”, comemorou o goleiro, de 32 anos, que evita o assunto aposentaria. “Acho que vou jogar só mais uns 12 anos e parar, para bater o recorde do Rogério Ceni”, brincou. “Não passa pela minha cabeça, me vejo em condição técnica muito boa. Não é o que penso para este contrato.”
INGRESSOS E MUDANÇA NO TRÂNSITO
Quinze mil ingressos para o jogo contra o São Paulo haviam sido vendidos até ontem às 19h. As entradas para não-sócios ao preço único de R$ 60 começam a ser vendidas hoje na sede de Lourdes, das 10h às 20h; no Labareda e bilheteria do Independência (Rua Pitangui), das 10h às 17h, e bilheteria norte do Mineirão, das 10h às 18h. Se sobrarem bilhetes, a comercialização continua amanhã. A Polícia Militar e a BHTrans anunciaram que só terá acesso ao perímetro do estádio o número de carros correspondente às vagas do estacionamento. Para isso, haverá três bloqueios: Carlos Luz com Alfredo Camarati, Cel. Oscar Pasch
ATLÉTICO
Os rivais que se cuidem
Há exatos dois anos sem perder no Mineirão, Galo faz do estádio um caldeirão bem mais repleto de torcedores do que o Independência para pressionar os adversários
postado em 28/07/2015 11:00 / atualizado em 28/07/2015 08:16