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ATLÉTICO

Os rivais que se cuidem

Há exatos dois anos sem perder no Mineirão, Galo faz do estádio um caldeirão bem mais repleto de torcedores do que o Independência para pressionar os adversários

postado em 28/07/2015 11:00 / atualizado em 28/07/2015 08:16

RODRIGO CLEMENTE / EM DA PRESS
Invicto há 11 jogos no Mineirão, o Atlético completa hoje dois anos desde a última derrota no Gigante da Pampulha. O estádio se tornou carta na manga do Galo, que tem recorrido ao local para conquistar resultados importantes, erguer troféus e intimidar adversários. Este clima de caldeirão é o que jogadores e comissão técnica esperam contra o São Paulo amanhã, às 22h, pela 16ª rodada do Brasileiro, jogo importantíssimo para as pretensões alvinegras de encerrar o primeiro turno com boa vantagem na liderança.

Desde o revés para o Cruzeiro por 4 a 1, em 28 de julho de 2013, pelo Brasileiro, quanto escalou time reserva e ainda curtia a ressaca pela conquista inédita da Libertadores, quatro dias antes, no mesmo campo –, o Atlético só teve alegrias no Mineirão. Aliás, desde a reinauguração da arena, em 16 jogos os atleticanos só perderam três, todos para os celestes. No ano passado, foram cinco vitórias, um empate e três títulos: Mineiro, Recopa e Copa do Brasil – o primeiro e o último sobre o arquirrival. “É um grande estádio e, como sempre, teremos mais torcedores. Sinto-me impressionado com nossa torcida. Sempre temos casa cheia e, com mais torcedores nos animando, apoiando, é ainda melhor. Espero ver a casa cheia”, afirmou o colombiano Cárdenas, que herdou a vaga do criticado Dátolo no coletivo de ontem, na Cidade do Galo.

Nesta temporada, foram dois empates e três vitórias, a última em condição semelhante à de amanhã. No dia 8, o alvinegro encarou outro concorrente direto, o então invicto Sport, e venceu por 2 a 1. O resultado o manteve na liderança. Amanhã, o adversário será uma equipe cinco pontos atrás, na quinta posição e vindo de vitória sobre o Cruzeiro por 1 a 0, o terceiro triunfo em quatro partidas. “Por mais que o São Paulo seja mais técnico, será um jogo de muita marcação, pegado, pois eles têm seus objetivos também. É mais uma decisão e é com espírito de fim de campeonato que temos que entrar em campo”, afirmou o goleiro Victor.

REENCONTRO COLOMBIANO
Contra os são-paulinos, os jogadores do Atlético ficarão frente a frente com o técnico Juan Carlos Osorio. Antes de assumir o tricolor, o colombiano comandava o Nacional de Medellin, que eliminou o Galo nas oitavas de final da Libertadores do ano passado – vitória por 1 a 0 na Colômbia, gol do hoje alvinegro Cárdenas, e empate por 1 a 1 no Independência. O treinador, que cumpriu suspensão no triunfo sobre o Cruzeiro, volta ao banco amanhã.

“Seria uma bonita oportunidade reencontrar um treinador com quem fiz um trabalho muito bom. Quando vim para cá nos falamos, mas agora estamos um contra o outro. É um grande treinador, que troca muitos jogadores, pois sempre estuda adversários e, a partir disso, define o time”, elogiou o armadoratleticano. Se Cárdenas for confirmado, o Atlético assumirá postura bastante ofensiva em relação aos últimos jogos. Com a saída de Dátolo, Rafael Carioca e Leandro Donizete terão a missão de marcar o meio-campo são-paulino. Giovanni Augusto, centralizado, vai municiar o ataque, formado por Thiago Ribeiro na direita, o argentino Pratto de centroavante e Cárdenas pela esquerda.


O ADVERSÁRIO
Reforços dentro e fora de campo

A vitória sobre o Cruzeiro por 1 a 0, domingo, motivou os jogadores do São Paulo, que têm a chance de encostar nos primeiros colocados caso vençam amanhã o primeiro colocado do Brasileiro. “O Atlético está bem e é líder isolado do campeonato, mas nosso time precisa fazer fora o que já vem apresentando em casa. Temos grandes chances de conseguir os três pontos lá, mesmo com a boa fase deles”, declarou o lateral-esquerdo Carlinhos, que voltou ao time depois de quatro rodadas e participou do gol, atribuído pela arbitragem a Pato. Para enfrentar o Galo, o técnico Juan Carlos Osorio, que cumpriu suspensão contra os celestes, terá dois reforços, que cumpriram suspensão: o armador Ganso, que deve voltar ao meio-campo, e Luís Fabiano, provavelmente no banco, com o argentino Centurión sendo mantido entre os titulares.

ATLETICANAS...

SÉTIMO JOGO

Se entrar em campo contra o São Paulo amanhã, Guilherme completará o sétimo jogo no Brasileiro e não mais poderá defender outro clube na Série A. Caso seja mais uma vez negociado ao exterior, o clube interessado terá de pagar multa. No início do mês, ele foi liberado pelo alvinegro para viajar ao México e acertar com o Cruz Azul, mas os mexicanos e o jogador não chegaram a acordo. Guilherme já manifestou o desejo de cumprir seu contrato.

ALEGRIA DO Nº 1
De contrato renovado por quatro temporadas, Victor (foto) falou ontem pela primeira vez desde o acerto, anunciado sábado pelo presidente Daniel Nepomuceno. “Fico feliz pelo reconhecimento. Ainda tinha dois anos pela frente e a diretoria reconheceu meu trabalho, minha identificação com o clube”, comemorou o goleiro, de 32 anos, que evita o assunto aposentaria. “Acho que vou jogar só mais uns 12 anos e parar, para bater o recorde do Rogério Ceni”, brincou. “Não passa pela minha cabeça, me vejo em condição técnica muito boa. Não é o que penso para este contrato.”

INGRESSOS E MUDANÇA NO TRÂNSITO
Quinze mil ingressos para o jogo contra o São Paulo haviam sido vendidos até ontem às 19h. As entradas para não-sócios ao preço único de R$ 60 começam a ser vendidas hoje na sede de Lourdes, das 10h às 20h; no Labareda e bilheteria do Independência (Rua Pitangui), das 10h às 17h, e bilheteria norte do Mineirão, das 10h às 18h. Se sobrarem bilhetes, a comercialização continua amanhã. A Polícia Militar e a BHTrans anunciaram que só terá acesso ao perímetro do estádio o número de carros correspondente às vagas do estacionamento. Para isso, haverá três bloqueios: Carlos Luz com Alfredo Camarati, Cel. Oscar Pasch