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ATLÉTICO

Era para defender, mas eles viraram goleadores

Ponto de equilíbrio para a retaguarda, dupla de zaga do Atlético vira arma ofensiva

postado em 22/09/2015 11:00 / atualizado em 22/09/2015 15:27

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Mais do que ganhar confiança extra para as últimas 11 rodadas do Campeonato Brasileiro, a goleada do Atlético sobre o Flamengo por 4 a 1, domingo, no Independência, foi fundamental para que vários jogadores dessem resposta rápida à torcida depois de ligeira queda de rendimento nos compromissos anteriores. Com dois gols de cabeça, o zagueiro Jemerson, de 23 anos, foi um deles. O baiano de Jeremoabo foi um dos mais crucificados no desastre diante do Santos por 4 a 0, na semana passada, na Vila Belmiro, mas conseguiu a redenção diante da torcida. De quebra, ele dá continuidade à história positiva recente de zagueiros artilheiros alvinegros, que começou com Réver e Leonardo Silva.

Jemerson chegou ao sexto gol no ano e é o quarto artilheiro da equipe na competição, com quatro, atrás de Lucas Pratto (10), Thiago Ribeiro (6) e Dátolo (5). Com boa presença ofensiva, ele vem mantendo a média de Leonardo Silva, seu atual companheiro de defesa e que recentemente estabeleceu o recorde de gols (23) entre os defensores que atuaram pelo clube, com 23. O capitão superou justamente Réver, hoje no Internacional, que balançou as redes 22 vezes entre 2010 e 2014.

O técnico Levir Culpi é o responsável pela efetivação de Jemerson na retaguarda do Galo. Em julho do ano passado, o treinador o escalou como titular em Buenos Aires na decisão da Recopa Sul-Americana contra o Lanús depois de Réver e o reserva Edcarlos se contundirem. O prata da casa jogou com autoridade ao lado de Leo e não saiu mais da equipe.



Levir valoriza o feito de Jemerson contra o Flamengo e a boa safra de defensores do clube nos últimos cinco anos: “Fazia muito tempo que não pegava uma sequência de ótimos zagueiros desta maneira. Quando cheguei, tínhamos o Otamendi, o Réver e o Leo, e depois surgiu o Jemerson. Temos ainda o Ed (Edcarlos) e o Tiago, além do menino que está subindo, Jesiel, que é muito promissor. Se seguir nessa maneira que está atuando, o Jemerson pode chegar à Seleção Brasileira”. Dos oito gols do camisa 4 pelo Atlético, seis foram de cabeça.

Com contrato até dezembro de 2019, Jemerson é um dos que têm chance de deixar o Atlético na abertura da janela do futebol europeu, em janeiro. Ao lado de Lucas Pratto e Giovanni Augusto, ele é o jogador que mais chama atenção dos clubes do Velho Continente. Recentemente, teve uma sondagem do Paris Saint-German. O clube mineiro aposta que, se for negociado, ela sairá por um valor considerado satisfatório, que superaria os 15 milhões de euros – pela cotação atual, seriam mais de R$ 70 milhões.

Depois da derrota para o Santos, Jemerson tentou deixar a torcida tranquila: “Foi uma noite que não jogamos bem. Precisamos ter mais atenção contra o Flamengo para voltar a vencer”. Ele cumpriu bem o prometido. Além de anular Paolo Guerrero com eficiência, conseguiu ir ao ataque para marcar duas vezes, com assistências de Dátolo, outro que brilhou na vitória no Horto.

SEMANA SEM JOGO

 

O Galo agora só volta a campo no domingo, contra o Joinville, às 16h, na Arena Joinville, e Levir Culpi deu mais um dia de folga para os atletas. Serão três treinos em Belo Horizonte até a viagem para o interior catarinense, na sexta-feira à tarde. A volta do armador Giovanni Augusto, livre de suspensão automática, será a principal novidade do time alvinegro. Além dele, o lateral-esquerdo Mansur, recuperado de lesão muscular, tende a aparecer novamente no banco de reservas.

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