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Cinco motivos para o Sport manter (ou não) o técnico Eduardo Baptista no comando da equipe

Após um novo resultado negativo, treinador balança no cargo e divide opiniões

postado em 24/10/2014 09:00 / atualizado em 24/10/2014 09:32

Daniel Leal /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
É inegável: Eduardo Baptista balança no cargo de treinador do Sport. Vivendo a pior fase desde que assumiu o clube, em fevereiro, o técnico tem a rejeição da maioria da torcida. Porém, conta com a confiança da diretoria, que o garante firme à frente do clube, e dos atletas. Eduardo, inclusive, já avisou: “Não vou abandonar o barco”, deixando claro que não pedirá para sair. Há sete jogos sem vencer, o duelo de amanhã, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte poderá ser fundamental para o futuro dele no clube. Por isso, o Superesportes publica hoje cinco razões defendendo a permanência do treinador na Ilha e cinco defendendo a sua saída. A intenção é causar uma reflexão no torcedor levando-o a ter argumentos que o façam ratificar ou retificar seu pensamento acerca de Eduardo Baptista.

As 5 razões que podem levar a diretoria a fazer...

… Eduardo Baptista permanecer no Sport

1 – É o profissional que mais conhece a estrutura do Sport, suas limitações e capacidades. Por isso, é o treinador mais indicado para começar o trabalho à frente do clube em 2015. Não é em vão que a diretoria fala em projeto a médio e longo prazo com ele.

2 – O treinador ainda tem o elo emocional com o clube. Filho de Nelsinho Baptista, foi campeão pernambucano de 2008 e 2009 e da Copa do Brasil (2008) como preparador físico. Voltou ao clube no fim de 2011, de onde não mais saiu. Tornou-se uma espécie de patrimônio do clube.

3 – Não vale apagar da memória o que Eduardo teve a capacidade de fazer no primeiro semestre. Voltou a colocar o Leão no topo do Estadual após quatro anos e deu o título do Nordestão, após uma incrível reviravolta. Mostrou que tem estrela.

4 – Há de se convir que o elenco do Sport tem as suas limitações técnicas. Atletas caíram de produção (casos de Rithely e Patric, por exemplo) e outros, pior, ficaram afundados no departamento médico. Escalar o time se tornou um desafio diário para o técnico.

5 – Ele conhece o elenco atual como ninguém. Sabe com quem pode ou não pode contar na “hora H”. Apesar das limitações, conseguiu dar soluções com o que tem em mãos. Caso do volante Wendel como zagueiro, Diego Souza de atacante e Patric de ponta.

… Eduardo Baptista NÃO permanecer no Sport

1 – Há uma evidente necessidade de dar uma “chacoalhada” no time. A equipe parece imersa em um profundo marasmo. Não demonstra sintomas de reação. Já são sete rodadas sem vitória na Série A, algo que poderia ser fatal não fosse um primeiro turno tão bom.

2 – Se tem algo que tem irritado profundamente a torcida – e com a sua parcela de razão – são as alterações sem nexo que o treinador tem feito durante o jogo. A gota d’água foi a saída de Felipe Azevedo para a entrada do improdutivo Érico Júnior na derrota para o Goiás

3 – O treinador tem se mostrado um péssimo indicador de reforços. Nomes como Igor Fernandes, Zé Mário, Danilo, Mike e Willian, por exemplo, foram indicações de Eduardo.

4 – Teimosia. Talvez um dos piores defeitos de Eduardo. O treinador fala que tem suas “convicções” e costuma insistir bastante no mesmo erro. Foi assim com Zé Mário titular por várias rodadas sem render e tem sido assim com Érico Júnior, por exemplo.

5 – Inexperiência. É o primeiro ano da carreira de Eduardo, a primeira Série A. E justamente em um momento decisivo, o treinador não tem conseguido fazer o time render. Pior do que isso, tem contribuído diretamente nas derrotas da equipe.