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NÁUTICO

Desconfiança, esperança e decepção: 11 momentos marcantes da campanha do Náutico

Time alvirrubro começou a competição em total descrédito com a torcida, teve um início de competição arrasador e amargou fim de temporada no "quase"

postado em 24/11/2015 11:24 / atualizado em 24/11/2015 15:45

Caio Wallerstein /Diario de Pernambuco

Ricardo Fernandes/DP/DA Press - IGOR MOTA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - MARCOS RIGO/FUTURA PRESS - Paulo Paiva/DP/DA Press
Timbu passou por altos e baixos na Série B e acabou amargando a não classificação para a Primeira Divisão

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O Náutico iniciou o ano de 2015 da pior maneira possível, com eliminações no Campeonato Pernambucano e na Copa do Nordeste. Assim, entrava para a Série B cercado de desconfiança por parte de torcida e imprensa. Contrariando as expectativas e de forma arrasadora, o Timbu passou os seis primeiros jogos sem perder. Depois, entrou em fase de oscilação. Passou por problemas internos e por uma queda de rendimento que lhe custou o G4.

 

Veio o segundo turno e, com ele, uma nova esperança, que atendia pelo nome de Gilmar Dal Pozzo. Dando uma postura agressiva ao time e conquistando improváveis vitórias fora de casa, o técnico recolocou o Timbu na briga pelo acesso. Chegou muito perto do G4 em algumas ocasiões. No entanto, não conseguiu dar a força necessária para o time chegar ao acesso.

 

O Náutico passou da desconfiança para a esperança, da esperança para a decepção. Confira, em 11 momentos, como foi a Série B de 2015 do Náutico:

Fotos: 11 momentos marcantes do Náutico na Série B

  • 1- Náutico 1 x 0 Luverdense: Após um começo de ano desastroso, com eliminações precoces no Pernambucano e no Nordestão, o Náutico iniciava a Série B com a pior expectativa possível. Tido por todos como um time que brigaria para não cair, o Alvirrubro começou dando esperanças para a torcida. Com diversas caras novas no time, como Hiltinho, Fabiano Eller, Ronaldo Alves, Marino, Douglas e Rogerinho, o Náutico venceu o Luverdense por 1 a 0. Placar que poderia até ter sido mais largo, dada a superioridade do Timbu em campo.
  • 2- Náutico 2 x 1 América-MG: A vitória sobre o América-MG - time que se mostraria um dos mais competentes da Série B e que, inclusive, conquistou o acesso - consolidava uma mudança quase que total na atitude do Náutico. Com gols de Diego e Douglas, o time de Lisca chegava à sexta partida da Série B sem ter perdido sequer uma vez. Se o pensamento da torcida no começo do campeonato era de lutar contra o rebaixamento, os menos de 30 dias de jogos já haviam mudado tudo: afinal, o Timbu co-liderava a Segundona junto com o Botafogo.
  • 3- ABC 3 x 3 Náutico: Após estar na frente do placar em três oportunidades, o Náutico deixou escapar a vitória contra o ABC, treinado na época por Gilmar Dal Pozzo. Com isso, chegava ao seu terceiro jogo sem vencer e acendia o alerta na equipe. Apesar do time não sair do G4 (ainda era o quarto colocado, com 18 pontos), seu futebol eficiente apresentado no início da Série B - especialmente na parte defensiva - já dava mostras de desgaste.
  • 4- Mogi Mirim 2 x 1 Náutico: Talvez o jogo mais emblemático da decaída de produção de futebol do Timbu. O Náutico foi a Mogi Mirim enfrentar o lanterna da competição. Com a presença do veterano Rivaldo em campo, que havia sido até motivo de chacota pelo volante Marino, o Náutico foi derrotado, de virada, por um time que passaria toda a Série B na zona de rebaixamento. Nesta rodada, o Alvirrubro apresentara erros que se repetiriam por toda a competição como visitante, como lentidão na saída de jogo e inúmeros erros de passe. Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico Lisca criticou a programação da viagem do time a São Paulo. Surgiria ali a primeira de muitas rusgas com o então diretor de futebol Carlos Kila.
  • 5- Náutico 2 x 1 Santa Cruz: No primeiro Clássico das Emoções da Série B, o Náutico foi imensamente superior ao rival Santa Cruz. Mesmo com um homem a menos, buscou a vitória, com gols de Guilherme e Gil Mineiro. Com o triunfo, abria nove pontos de distância do rival, na 12ª rodada, e seguia no G4 da Série B e se reabilitava na competição. O Tricolor, na época, até passava por uma fase de melhora de rendimento, mas não foi páreo para o Timbu, que, principalmente pela solidez na defesa, anulou as chances corais.
  • 6- Náutico 1 x 1 Macaé: No seu segundo tropeço em casa - o primeiro havia sido um empate contra o Paysandu - o Náutico frustrou a sua torcida: ao empatar com o Macaé, pela 16ª rodada, a equipe não apenas perdeu a chance de assumir a liderança da Série B, como inclusive terminou a rodada fora do G4. Um duro abalo ao time de Lisca, que saía da zona de acesso à Primeira Divisão pela primeira vez e não voltaria mais até o final da competição.
  • 7- Luverdense 5 x 1 Náutico: Após um período de oscilação que lhe custara a vaga no G4, o Náutico ensaiava uma reação na competição. Vinha de um valioso empate fora de casa contra o Bahia e uma vitória convincente sobre o Bragantino, na Arena. A esperança da torcida era pela segunda vitória do time fora de casa (a primeira havia sido 18 rodadas atrás). No entanto, o Timbu frustrou a torcida: em Lucas do Rio Verde, sofreu uma goleada humilhante para o Luverdense, com direito a falhas clamorosas da defesa e do goleiro Júlio César. A derrota inaugurava uma sequência negativa do Náutico, que culminou na demissão do técnico Lisca.
  • 8- Paysandu 0 x 1 Náutico: Após um início de segundo turno terrível, com cinco partidas sem vencer, demissão de técnico e completa desconfiança no elenco, o Timbu chegava a Belém sem nenhuma expectativa de vitória. Ocupando a nona posição - a pior de toda sua caminhada -, o time de Gilmar Dal Pozzo surpreendeu a todos vencendo o então vice-líder Paysandu, em pleno Mangueirão com 20 mil pessoas. O gol de Rafael Pereira reacendia as esperanças da torcida por um acesso. Em comparação àquele time que começara a Série B, o Náutico tinha reforços: Lucas Farias, Caucaia, Biteco e Bérgson eram algumas das caras novas do time.
  • 9- Santa Cruz 1 x 3 Náutico: Pela 31ª rodada, o Timbu enfrentava nova decisão. E mostrava que Gilmar Dal Pozzo havia mudado completamente a postura do time jogando fora de casa. Em pleno Arruda e contra um Santa Cruz que estava no G4, o Náutico venceu com autoridade e voltou a 'namorar' o G4: já era o sexto colocado, a apenas dois pontos da zona de acesso.
  • 10- Vitória 2 x 3 Náutico: Se a vitória contra o Santa Cruz creditava o Náutico a brigar por cima, a goleada sofrida em casa para o Botafogo voltou a encher de desconfiança a torcida. O jogo contra o Vitória, portanto, era uma final. E o Timbu não decepcionou: no Barradão, aplicou uma improvável virada sobre o Rubro-negro baiano e voltou a estar a dois pontos do G4. Mais do que a pontuação, era a atitude do time fora de casa, que em nada lembrava a passividade de jogos anteriores, que enchia de esperança time e torcida.
  • 11- Náutico 1 x 1 CRB: Vindo de um amargo empate contra o Macaé, no Rio de Janeiro, o Náutico jogava sua vida contra o CRB, na Arena Pernambuco. Na ocasião, era sexto lugar e estava a dois pontos do quarto colocado, o Santa Cruz. Com o tropeço sobre os alagoanos e a vitória dos tricolores contra o Botafogo, o Timbu praticamente encerrava suas chances de acesso. Afinal, estava a quatro pontos do G4, com duas partidas para o fim da Série B.
  • Ricardo Fernades/DP/DA Press
    1- Náutico 1 x 0 Luverdense: Após um começo de ano desastroso, com eliminações precoces no Pernambucano e no Nordestão, o Náutico iniciava a Série B com a pior expectativa possível. Tido por todos como um time que brigaria para não cair, o Alvirrubro começou dando esperanças para a torcida. Com diversas caras novas no time, como Hiltinho, Fabiano Eller, Ronaldo Alves, Marino, Douglas e Rogerinho, o Náutico venceu o Luverdense por 1 a 0. Placar que poderia até ter sido mais largo, dada a superioridade do Timbu em campo.
  • Ricardo Fernandes/DP/DA Press
    2- Náutico 2 x 1 América-MG: A vitória sobre o América-MG - time que se mostraria um dos mais competentes da Série B e que, inclusive, conquistou o acesso - consolidava uma mudança quase que total na atitude do Náutico. Com gols de Diego e Douglas, o time de Lisca chegava à sexta partida da Série B sem ter perdido sequer uma vez. Se o pensamento da torcida no começo do campeonato era de lutar contra o rebaixamento, os menos de 30 dias de jogos já haviam mudado tudo: afinal, o Timbu co-liderava a Segundona junto com o Botafogo.
  • Frankie Marcone / Comunicação ABC F.C.
    3- ABC 3 x 3 Náutico: Após estar na frente do placar em três oportunidades, o Náutico deixou escapar a vitória contra o ABC, treinado na época por Gilmar Dal Pozzo. Com isso, chegava ao seu terceiro jogo sem vencer e acendia o alerta na equipe. Apesar do time não sair do G4 (ainda era o quarto colocado, com 18 pontos), seu futebol eficiente apresentado no início da Série B - especialmente na parte defensiva - já dava mostras de desgaste.
  • Denny Cesare / Código19 / Agência O Globo
    4- Mogi Mirim 2 x 1 Náutico: Talvez o jogo mais emblemático da decaída de produção de futebol do Timbu. O Náutico foi a Mogi Mirim enfrentar o lanterna da competição. Com a presença do veterano Rivaldo em campo, que havia sido até motivo de chacota pelo volante Marino, o Náutico foi derrotado, de virada, por um time que passaria toda a Série B na zona de rebaixamento. Nesta rodada, o Alvirrubro apresentara erros que se repetiriam por toda a competição como visitante, como lentidão na saída de jogo e inúmeros erros de passe. Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico Lisca criticou a programação da viagem do time a São Paulo. Surgiria ali a primeira de muitas rusgas com o então diretor de futebol Carlos Kila.
  • Ricardo Fernandes/DP/DA Press
    5- Náutico 2 x 1 Santa Cruz: No primeiro Clássico das Emoções da Série B, o Náutico foi imensamente superior ao rival Santa Cruz. Mesmo com um homem a menos, buscou a vitória, com gols de Guilherme e Gil Mineiro. Com o triunfo, abria nove pontos de distância do rival, na 12ª rodada, e seguia no G4 da Série B e se reabilitava na competição. O Tricolor, na época, até passava por uma fase de melhora de rendimento, mas não foi páreo para o Timbu, que, principalmente pela solidez na defesa, anulou as chances corais.
  • Paulo Paiva/DP/D.A Press
    6- Náutico 1 x 1 Macaé: No seu segundo tropeço em casa - o primeiro havia sido um empate contra o Paysandu - o Náutico frustrou a sua torcida: ao empatar com o Macaé, pela 16ª rodada, a equipe não apenas perdeu a chance de assumir a liderança da Série B, como inclusive terminou a rodada fora do G4. Um duro abalo ao time de Lisca, que saía da zona de acesso à Primeira Divisão pela primeira vez e não voltaria mais até o final da competição.
  • MARCOS RIGO/FUTURA PRESS
    7- Luverdense 5 x 1 Náutico: Após um período de oscilação que lhe custara a vaga no G4, o Náutico ensaiava uma reação na competição. Vinha de um valioso empate fora de casa contra o Bahia e uma vitória convincente sobre o Bragantino, na Arena. A esperança da torcida era pela segunda vitória do time fora de casa (a primeira havia sido 18 rodadas atrás). No entanto, o Timbu frustrou a torcida: em Lucas do Rio Verde, sofreu uma goleada humilhante para o Luverdense, com direito a falhas clamorosas da defesa e do goleiro Júlio César. A derrota inaugurava uma sequência negativa do Náutico, que culminou na demissão do técnico Lisca.
  • IGOR MOTA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
    8- Paysandu 0 x 1 Náutico: Após um início de segundo turno terrível, com cinco partidas sem vencer, demissão de técnico e completa desconfiança no elenco, o Timbu chegava a Belém sem nenhuma expectativa de vitória. Ocupando a nona posição - a pior de toda sua caminhada -, o time de Gilmar Dal Pozzo surpreendeu a todos vencendo o então vice-líder Paysandu, em pleno Mangueirão com 20 mil pessoas. O gol de Rafael Pereira reacendia as esperanças da torcida por um acesso. Em comparação àquele time que começara a Série B, o Náutico tinha reforços: Lucas Farias, Caucaia, Biteco e Bérgson eram algumas das caras novas do time.
  • Ricardo Fernandes/DP/DA Press
    9- Santa Cruz 1 x 3 Náutico: Pela 31ª rodada, o Timbu enfrentava nova decisão. E mostrava que Gilmar Dal Pozzo havia mudado completamente a postura do time jogando fora de casa. Em pleno Arruda e contra um Santa Cruz que estava no G4, o Náutico venceu com autoridade e voltou a 'namorar' o G4: já era o sexto colocado, a apenas dois pontos da zona de acesso.
  • ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS
    10- Vitória 2 x 3 Náutico: Se a vitória contra o Santa Cruz creditava o Náutico a brigar por cima, a goleada sofrida em casa para o Botafogo voltou a encher de desconfiança a torcida. O jogo contra o Vitória, portanto, era uma final. E o Timbu não decepcionou: no Barradão, aplicou uma improvável virada sobre o Rubro-negro baiano e voltou a estar a dois pontos do G4. Mais do que a pontuação, era a atitude do time fora de casa, que em nada lembrava a passividade de jogos anteriores, que enchia de esperança time e torcida.
  • Paulo Paiva/DP/DA Press
    11- Náutico 1 x 1 CRB: Vindo de um amargo empate contra o Macaé, no Rio de Janeiro, o Náutico jogava sua vida contra o CRB, na Arena Pernambuco. Na ocasião, era sexto lugar e estava a dois pontos do quarto colocado, o Santa Cruz. Com o tropeço sobre os alagoanos e a vitória dos tricolores contra o Botafogo, o Timbu praticamente encerrava suas chances de acesso. Afinal, estava a quatro pontos do G4, com duas partidas para o fim da Série B.
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