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NÁUTICO

União política no Náutico não dura 24 horas e eleição em dezembro terá bate-chapa

Edno Melo alega que acordos não foram cumpridos, e Marcos Freitas rebate

postado em 25/11/2015 15:45 / atualizado em 25/11/2015 16:48

João de Andrade Neto /Superesportes

Hesiodo Goes/Esp. DP/D.A Press
A tão exaltada união em prol do Náutico não durou 24 horas. Um dia depois dos grupos "Vermelho de luta, Branco de paz" e "Náutico de Todos" anunciarem uma composição de uma chapa única, o recuo. Na tarde desta quarta-feira, o empresário Edno Melo, que encabeça o Vermelho de Luta e que havia sido remanejado para o cargo de vice-presidente administrativo, reviu sua decisão e optou por manter sua candidatura ao executivo do clube, garantindo assim um bate-chapa contra o economista Marcos Freitas, líder do "Náutico de Todos" para o dia 13 de dezembro.

Em rápida entrevista ao Superesportes, Edno Melo afirmou apenas que o motivo do recuo partiu por "promessas não cumpridas" por parte de Marcos Freiras, sem entrar em detalhes de quais seria essas promessas. Sabe-se, porém, que a união não foi abraçada por muitos dos componentes da sua chapa, um deles Alexandre Homem de Melo, que seria seu vice-presidente de futebol. O curioso é que o próprio Edno Melo defendeu a união até os últimos momentos. "Tentamos um acordo. Sou a favor da união, que para o Náutico seria o melhor. Mas não sou dono do grupo, nem candidato de mim mesmo. Não posso simplesmente dar as costas. Tentei convencê-los do contrário, mas infelizmente não aconteceu", disse.

Pelo lado do "Náutico de Todos", Marcos Freitas garantiu que não prometeu nada ao grupo que voltou a ser opositor. "Não prometi nada para eles e, desde o começo, deixei claro que não abriria mão de algumas posições como a vice-presidência de Ivan Brondi, além da vice-presidência de futebol, com Toninho Monteiro, da administração do centro de treinamento, com Ricardo Malta, da vice-presidência jurídica, com Sérgio Aquino e de marketing, com Kleber Medeiros e Joaquim Costa. Poderiam haver colaboradores para essas áreas, mas não no comando. Eles, até então, tinha aceitado. Agora, parece que voltaram atrás", explicou Marcos Freitas.

"Ao que parece, Edno não tem a liderança do seu grupo. Ele me informou que desde ontem (terça-feira) à noite vem sofrendo agressões de toda natureza de pessoas contrárias a união das chapas. Isso mostra uma certa imaturidade do grupo. A iniciativa de unir as chapas partiu deles. Acho que as pessoas se revelaram. Não está se lutando pelo bem do Náutico e sim por cargos", encerrou Freitas.