Vôlei
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Mais uma morte ao vivo

Jogador que fez história na Seleção da Itália tem mal súbito em quadra e não resiste. Exames ainda não indicaram a causa, mas família revela problemas de coração há 10 anos

postado em 26/03/2012 07:00

Uma tragédia atingiu ontem o vôlei italiano. Morreu aos 37 anos, em quadra, o meio de rede Vigor Bovolenta, que por várias temporadas defendeu a Seleção Italiana, tendo disputado três edições dos Jogos Olímpicos, incluindo a conquista da medalha de prata em Atlanta’96.

Bovolenta defendia o Forli, da 4ª Divisão do Campeonato Italiano, que enfrentava o Macerata Lube, em Macerata. Durante a partida, o atleta parou, jogou a bola para longe e pediu ajuda, reclamando de dores. “Minha cabeça está girando, me ajude”, teria dito aos companheiros antes de desmaiar.

Ao cair, todos, até mesmo os adversários, correram em sua direção. O socorro foi rápido. Os médicos fizeram massagem cardíaca, tentando reanimá-lo. A remoção para um hospital ocorreu imediatamente. No entanto, o jogador já chegou ao local sem vida.

Não existe nenhum informação oficial sobre a causa mortis. Uma autópsia para determinar as razões será realizada hoje. O resultado do exame não tem data definida para ser anunciado. As suspeitas são de um ataque cardíaco.

Segundo informações de familiares, o jogador teria tido problemas de coração há cerca de 10 anos. Na época, ele ficou quatro meses sem jogar. Os testes nos anos seguintes não apontaram nenhum comprometimento e ele voltou a atuar normalmente, inclusive na Seleção.

Bovolenta integrou aquele que é considerado o maior time do vôlei de seu país em todos os tempos, que tinha ainda Zorzi, Bernardi, Cantagalli, Bracci, Giani, Gardini, Meoni, Papi, Gravina, Tófoli e que foi comandado pelo técnico argentino Julio Velasco.

O meio de rede participou da conquista da medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atlanta’96, foi campeão da Copa do Mundo’95, tetracampeão da Liga Mundial e integrou a equipe que foi ouro no Campeonato Europeu de Atenas’95 e prata em Ostrava’2001. Ele era casado e tinha quatro filhos.

Dor nacional O assunto foi manchete nos principais jornais italianos. O Corrieri dello Sport estampou em letras garrafais: “Bovolenta morre em quadra. O clube: estava bem”. O Gazetta dello Sport escreveu: “Bovolenta, dor e incredulidade. Giani em lágrimas: sem palavras”. Giani foi companheiro do meio de rede na Seleção Italiana.

Até mesmo o La Stampa, que não é um jornal de esportes, destacou em sua primeira página o título: “Emoção na quadra durante partida de vôlei. Morre antigo jogador da Azurra”. No site da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), um texto exalta a carreira do jogador com o título: “Vôlei de luto por Vigor Bovolenta”.

Em todos os artigos sobre a morte do atleta, o assunto é tratado como comoção nacional, devido à importância de Bovolenta, que ajudou a construir a história do vôlei em seu país.

Não deu na quadra, vai no tapetão

O presidente do Minas, Sérgio Bruno Zech Coelho, convocou para hoje de manhã uma reunião com sua diretoria jurídica, para decidir que providência será tomada pelo clube junto à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) com relação à arbitragem do último jogo, na derrota por 3 a 1 para o Osasco. Foi o primeiro confronto da melhor de três pelas semifinais da Superliga Nacional Feminina de Vôlei. No entender da equipe mineira, o cartão amarelo dado à oposto cubana Daymi, que a tirou do duelo de sexta, foi injusto.

O clube juntou série de documentos e de relatos para poder protestar. Em primeiro lugar, lembra o dirigente, o árbitro, Sílvio Silveira (RS), foi o mesmo que apitou o duelo decisivo pelas quartas de final entre Minas e Sesi, quando o time mineiro venceu por 3 a 2 e garantiu a classificação às semifinais. Além disso, o mesmo árbitro apitou duas partidas em menos de 12 horas, pois dirigiu, na véspera, à noite, a derrota do Cruzeiro para o São Bernardo, no ABC Paulista, e na manhã seguinte estava apitando novamente. “Todo o trabalho de um ano, o investimento feito foi todo jogado fora numa manhã.”

O cartão amarelo foi o terceiro de Daymi. Ela cumprirá a suspensão na segunda partida, na sexta-feira, na Arena JK. Com isso, a torcida no clube é pela recuperação de Mari Paraíba, contundida. Carla deverá ser a oposto na sexta. As mineiras terão que vencer para forçar a terceira partida.

Definição RJX e Vôlei Futuro-SP farão uma das semifinais da Superliga Masculina. O time carioca foi o primeiro a garantir a vaga ao vencer o Sesi-SP, atual campeão, por 3 a 2, sábado à tarde, no Maracanãzinho. À noite, o Vôlei Futuro-SP derrotou o Campinas, na quadra dos paulistas, por 3 a 1, conquistando a classificação.