Vôlei
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Minas recorre ao STJD contra o cartão amarelo aplicado a Daymi na semifinal

Oposto Daymi espera que a Justiça Desportiva acolha recurso do clube para enfrentar novamente o Osasco

postado em 28/03/2012 09:41 / atualizado em 28/03/2012 09:50

Wander Roberto/CBV


O Minas tenta um último recurso para ter a oposto cubana Daymi na partida de sexta-feira contra o Osasco, a segunda da melhor de três pelas semifinais da Superliga Nacional Feminina de Vôlei. O clube entrou com um pedido de efeito suspensivo junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Os advogados do clube reuniram uma série de dados, fotos e relatos de jornais e sites para tantar provas que o que ocorreu no jogo disputado em Osasco foi um erro grave cometido pelo árbitro gaúcho Sílvio Silveira, que agiu com dois pesos e duas medidas.

Entre as provas estão fotografias que mostram as jogadoras Paula Pequeno, Thaísa e Jaqueline acintosamente apontando e gesticulando com o árbitro. Mostram também o momento em que Daymi está apenas olhando para Thaísa, enquanto esta fala e gesticula. O cartão foi dado apenas para a jogadora do Minas.

As imagens em vídeo do jogo também foram anexadas, pois em vários instantes nota-se as jogadoras do time paulista provocando a cubana, que nada responde.

O fato do árbitro ter colocado na súmula que Daymi teria olhado de maneira acintosa e provocativa para jogadoras adversárias é contestado pelo pedido minas-tenista. A foto do momento em que ela recebe o cartão amarelo, o terceiro da primeira série, mostra justamente o contrário, que ela está olhando para a quadra, calada, enquanto Thaísa gesticula e aparece com a boca aberta.

“Temos de tentar alguma coisa”, diz o presidente do clube, Sérgio Bruno Zech Coelho. “Todo o trabalho de um ano estará sendo jogado por terra, por culpa de uma única pessoa, que deliberadamente, deu cartão à nossa jogadora, que não fez nada por merecê-lo, enquanto as provocações não foram coibidas e nem os gritos dirigidos aos árbitros, dirigidos pelas jogadoras do Osasco.

O dirigente fala da dificuldade que foi trazer as duas cubanas e os benefícios que elas proporcionaram ao vôlei brasileiro. “Além disso, foi um trabalho difícil, de um ano, para colocar a equipe nas semifinais e brigando pelo título. Isso não pode ser defeito dessa maneira. Que os jogos sejam decididos dentro de quadra, pelas jogadoras, não por interferência externa.”

CONFIANÇA Longe da discussão, a oposto Daymi aguarda ansiosa o desfecho do recurso. Torce para que seja acatado e que ela possa entrar em quadra, a união entre as jogadoras e também do esforço que fizeram para chegar até aqui. “Só quero jogar”, diz