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Críticas em série

Minas e Rio de Janeiro reclamam da antecipação do Sul-Americano Interclubes

postado em 14/05/2013 08:19 / atualizado em 14/05/2013 08:28

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
O Campeonato Sul-Americano Interclubes Masculino de Vôlei, disputado na última semana, na Arena JK, e que terminou com o bicampeão argentino UPCN levantando o troféu (derrotou o Minas por 3 a 0 na decisão), aconteceu debaixo de várias críticas. A principal delas foi a antecipação da competição – ela sempre ocorria em setembro e a mudança para maio pegou despresvenidos os clubes, que tiveram, por exemplo, que prorrogar contratos dos jogadores às pressas.

Segundo o vice-presidente da Confederação Sul-Americana de Vôlei (CSV), o brasileiro Marco Túlio Teixeira, a alteração na data foi consequência da necessidade de organizar um calendário mundial, para atender às necessidades de clubes, jogadores, técnicos e seleções. “O problema é que a competição não ocorria com regularidade pela falta de um calendário. Havia uma lacuna entre o fim dos campeonatos nacionais dos países sul-americanos e a Liga Mundial, o que não ocorre, por exemplo, na Europa e na Ásia. Por isso, a insistência e a decisão de realizar o Sul-Americano agora”, justificou Marco Túlio.

O técnico Marcelo Fronckowiak, do Rio de Janeiro, foi um dos que mais reclamaram. “Fomos avisados em cima da hora. Para disputar uma competição, a gente precisa de planejamento. Não é uma coisa do dia para a noite ou de uma semana para a outra. Os jogadores estavam no limite, precisavam de férias, mas tiveram de ficar na quadra e seguir treinando. O pior é que não é um treinamento qualquer, e sim para uma competição que ocorre num curto espaço de tempo e você tem de se preparar para jogar todo dia.”

O treinador diz, no entanto, que a partir de agora, com o sul-Americano incluído no calendário, ficará mais fácil de administrar. E conta a maneira curiosa como sua equipe foi afetada. “Havia dois casamentos de dois jogadores nossos já marcados: o do Theo, para o sábado anterior (dia 4), e o do Thiago Sens, para o último sábado (dia 11). O Theo ficou sem lua de mel e quase não treinou. Na véspera do jogo contra o UPCN, pela semifinal, tive de liberar o Sens, pois ele estava de casamento marcado. Isso tudo atrapalha. A gente não marca um casamento de uma hora para outra, mas com uma antecedência de seis meses. O Sul-Americano pegou todo mundo de surpresa.”

O DIA SEGUINTE

No Minas, o dia seguinte à perda do título foi de meditação. O levantador Marcelinho, bastante abatido, diz que o momento é ótimo para reflexão. “É hora de parar, pensar e analisar o que ocorreu.”

Segundo ele, o Minas nunca jogou tão mal. “Todo mundo estava mal no jogo. Isso não é normal. Temos de analisar bem o que aconteceu e até mesmo fazer um estudo, pois uma coisa é certa: é preciso descobrir o que passou.”

REFORÇO AZUL

Durante o Sul-Americano, o técnico Marcelo Fronckowiak reclamava do assédio a jogadores do Rio de Janeiro. “O Cruzeiro está em cima de um de nossos jogadores. Não esperaram nem mesmo a competição acabar para contratar.” Ao fim do evento, o oposto reserva Da Silva confirmou que já tinha contrato assinado com o clube celeste e que estará em Belo Horizonte na próxima temporada. Com a contratação de Da Silva e do levantador Vinhedo, o Cruzeiro praticamente fechou o grupo. O time terá o levantador William, o oposto Wallace, os meios de rede Éder Carbonera, Douglas Cordeiro e Isac; os ponteiros Filipe, Leal e Túlio, e os líberos Serginho e Kachel. A única vaga existente agora seria a de um ponteiro.