VÔLEI
Para brilhar nas quadras
Seduzida pelos ensaios fotográficos e pelas competições de praia, Mari Paraíba diz que está feliz com retorno ao Minas e que a equipe pode surpreender na Superliga
postado em 31/10/2014 10:30 / atualizado em 31/10/2014 10:58
Lá se foram dois anos. Qual o verdadeiro motivo da saída? Para alguns, ela optaria pelos ensaios fotográficos. Para outros, estudaria artes cênicas – teatro e teledramaturgia. Ela aponta outras razões. Conta que tudo começou com uma incômoda lesão. O quadro era cirúrgico. “No meio da Superliga, comecei a sentir muita dor no joelho esquerdo. Era grave, menisco. Tinha muito medo, pois já havia feito uma cirurgia no local. Eu tratava sem parar, mas a dor não passava. Chegou-se a pensar numa cirurgia. Teria de parar para tratar naquela hora ou não poderia continuar fazendo o que mais gostava, que é jogar vôlei”, revela.
Isso ocorreu no mesmo período em que a atleta foi convidada para posar para fotos em revistas – incluindo eróticas – e sites e para tentar virar artista na TV. Falar sobre a profissão de modelo a deixa um pouco desconcertada. “Para dizer a verdade, coincidiu que nessa época me chamaram para alguns trabalhos de modelo. Eu fiz alguns. Também não era para menos, pois precisava de dinheiro para poder viver. Por isso, aceitei alguns trabalhos e começaram a dizer que eu estaria trocando a vida do vôlei, das quadras, para ser modelo. Mas nada disso foi verdade. O que aconteceu é que eu precisava me tratar.”
Surgiu, então, a possibilidade de ir jogar na praia. “Não pensei duas vezes. Formei dupla com a Natasha. Chegamos a ganhar alguns torneios. Morava no Rio. Os treinos eram na Urca. Gostava muito do Rio, mas nunca esqueci Belo Horizonte. Essa cidade é como se estivesse no Rio de Janeiro, sem praia.”
Ela diz que essa fase serviu para reflexão. “Precisava de um período para mim. Pensar na minha vida, escolher o que queria fazer. Eu nunca tinha tido esse tempo só meu. Pois aquela era a oportunidade. Foi então que resolvi voltar para a quadra, onde é o meu lugar. Jogar vôlei, disputar a Superliga, é o que gosto de fazer e felizmente estou de volta, no clube que adoro, na cidade que eu gosto. Está tudo do jeito que deveria ser.” Existem ainda lembranças desconcertantes, como o tempo em que seu pai levava amigos com a revista em que fez um ensaio sensual, para que ela autografasse. “Eu morria de vergonha.”
Só falta jogar Nesse tempo, Mari conta que teve o apoio da família e revelou um drama, do irmão Daniel, levantador que defendeu o Minas e o Cruzeiro e que abandonou as quadras no ano passado. “O Daniel teve problemas de saúde. Teve de parar de jogar. Ele sofre de um tipo raro de reumatismo. Mas hoje está tudo bem. Ele trabalha como contador e está bem.” Antes de voltar ao Minas, conversou com a família, em especial, o pai, Isnaldo. “Meus pais gostam muito daqui. Ficaram felizes com a minha escolha. Me apoiaram em todos os momentos, desde quando saí de casa, aos 14 anos, para jogar vôlei no Osasco. Depois, quando ia trocar de clube, quando escolhi fazer o ensaio fotográfico para a revista masculina e agora.”
O que Mari espera é voltar a jogar. “Estou livre da contusão no joelho. Pronta para jogar. Vinha treinando sozinha nos últimos meses. Estou em forma. Se vou jogar na estreia, contra o Pinheiros, é com o treinador. O Marcos Queiroga vai decidir. Estou fazendo a minha parte, que é treinar. O resto é com ele.” Mari diz que está num grupo capaz de levar o time longe na Superliga e, se for confirmada a contratação da ponteira Jaqueline, aposta até mesmo numa final. “O time ficará muito mais forte.”
Quem é ela
Nome: Mariana Aparecida Costa (Mari Paraíba)
Nascimento: 30/6/1986 em Campina Grande (PB)
Posição: Ponta
Altura: 1,80m
Clubes: Osasco-SP; Pinheiros-SP; São Caetano-SP; Minas; Barueri-SP
Títulos:
Campeã Paulista’2006 – Osasco
Campeã da Copa São Paulo’2006 – Osasco
Campeã da Salonpas Cup’2005 – Osasco
Campeã da Copa São Paulo’2007 – Pinheiros
Campeã dos Jogos Regionais de SP’2009 – São Caetano
Campeã da Copa São Paulo’2009 – São Caetano
Tags: minas vôlei Mari Paraíba