Havia uma grande expectativa em torno da decisão. Cada clube tinha seu motivo. O Praia tentava, pela primeira vez, estar numa semifinal. Já para o Minas, significava a volta por cima e o retorno ao grupo dos quatro melhores. Na temporada 2012/2013, foi o antepenúltimo colocado, e na competição 2013/2014, ficou no último lugar e só não foi rebaixado para a Superliga B graças a um convite que a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) tinha direito. Assim, o clube fundador das competições nacionais e que sempre foi formador de atletas e fornecedor de jogadoras para a Seleção Brasileira, pôde seguir em frente, agora, buscando um novo tempo, o de brigar por títulos.
Assim, o clube partiu para a contratação de jogadoras de peso. Trouxe a ponteira Mari Paraíba. Apostou no retorno de uma prata da casa, a meio de rede Walewska, campeã olímpica, e para fazer dupla com ela, contratou outra jogadora da mesma posição, bastante experiente, Carol Gattaz. Arriscou-se a contratar uma levantadora jovem, Naiane, de 20 anos, que vinha da Seleção Brasileira de base. Deu certo, pois ela tomou conta da posição, colocando no banco a experiente Camila Torquete.
Mas a contratação maior, aquela que é considerada a que fecharia o grupo de jogadoras, veio depois de um esforço que envolveu o presidente Luiz Gustavo Viana Lage, que se empenhou pessoalmente, para contratar a bicampeã olímpica Jaqueline, contanto com a ajuda do patrocinador do time, a Camponesa, que lhe deu carta branca.
E o resultado foi o que se viu ontem foi o fruto desse empenho dentro do clube. O Minas foi superior ao Praia, fazendo com que este passasse da alegria à tristeza. No terceiro set, por exemplo, o semblante das jogadoras do time do Triângulo mudou. O sorriso desapareceu do rosto da meio de rede Natasha. A oposto cubana Daymí já não comemorava os pontos efusivamente. Parecia que o time sentia o domínio minas-tenista.
A pontuação das jogadoras que participaram do confronto mostrou o tamanho do domínio do Minas. Jaqueline terminou como maior pontuadora, com 15 pontos, seguida por Carol Gattaz, com 11; Carla, com 10, e Mari Paraíba, com nove. No Praia, as maiores pontuadoras foram Daymi e Sassá, ambas com nove pontos.
Praia: Karine, Daymí, Nati, Natsha, sassá, Ju Costa e Tássia (líbero), depois Webster, letícia Hage e Tandara. Técnico: Ricardo Picinin. Minas: Naiane, Carla, Walewska, Carol Gattaz, Jaqueline, Mari Paraíba e Tika (líbero), depois Lia, Laís e Camila. Técnico: Marco Queiroga.
MASCULINO
Somente na segunda-feira, dia do segundo jogo pelas semifinais da Superliga Masculina, é que o Minas colocará à venda, para o público em geral, os ingressos restantes para o clássico mineiro com o Cruzeiro, na Arena JK. O time do Barro Preto ganhou a primeira partida, em Contagem, por 3 a 1. O clube disponibilizou 2.500 ingressos para sua torcida. A venda nesse final de semana acontece apenas para os sócios, que podem procurar a Central de Atendimento de qualquer das unidades do MTC. No dia do jogo, os ingressos restantes serão postos a venda às 16h20, nas bilheterias do ginásio da Rua da Bahia. Foram disponibilizados 900 ingressos para o Cruzeiro, dos quais 700 comercializados ontem. Os 200 restantes serão oferecidos também na segunda-feira, na sede do clube celeste, no Barro Preto. Hoje, às 20h, Cruzeiro B e Sesi-SP B se enfrentam, em Sete Lagoas, no segundo jogo da melhor de três de uma das semifinais da Superliga B. No primeiro jogo, em São Paulo, o time paulista venceu por 3 a 2. Também hoje, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, às 20h, Bento-RS x Foz-PR. Este último vence por 1 a 0.