”Comigo já ocorreu três vezes Quando eu era criança, meus pais iam trabalhar e eu ficava sozinha em casa, e apareceu um moço com carro na frente da minha casa, me chamou. Acho que eu tinha uns sete anos. Nunca contei para os meus pais. Eu ficava muito de calcinha, eu era criança, saia na varanda e não dava em nada. O cara chegou lá na porta, ele falava muito baixo de dentro do carro, e eu pendurada na grade. Ele falava muito baixo para eu sair de dentro de casa e ir até lá. De repente, ele começou a se mostrar. Ele ficou nu. Eu saí correndo, estava sozinha em casa. Saí correndo para dentro de casa gritando o pai, mas não tinha ninguém em casa. Eu fiquei desesperada gritando pai, para ele achar que tinha alguém em casa. Outros casos também na praia. Estava com minha prima, e aconteceu de um cara que estava se masturbando, isso ainda quando criança”, revelou a atleta.
“Eu acho que em situações onde a mulher sofre um estupro é muito mais difícil se abrir. Você se sente envergonhada, constrangida. Não quer que ninguém saiba daquilo. Mas é preciso compartilhar, ir até à polícia ou dividir com a família para que esses casos diminuíam. Eu era muito pequena e isso ficou gravado na minha memória. Essas mulheres ficam marcadas para sempre”, contou na entrevista.
A jogadora deu seu depoimento no início do programa. Parte da atração da Globo foi dedicada ao tema "assédio sexual" contra a mulher. Nas últimas semanas, a campanha #meuprimeiroassedio tomou as redes sociais para demonstrar a gravidade da violência contra as mulheres no Brasil.