Embora as atenções estejam voltadas para os Jogos Olímpicos do Rio’2016, o mercado dos esportes no Brasil está, mais do que nunca, agitado, especialmente no vôlei. Os representantes mineiros tiveram destaque na última edição da Superliga, com a conquista do título no masculino, com o Cruzeiro (que levou sua quarta taça), e o vice-campeonato e a terceira colocação no feminino, com o Praia e o Minas, respectivamente. E estão ainda mais ambiciosos para a próxima edição da competição.
A equipe do Triângulo, por exemplo, está contratando a meio de rede Fabiana, ex-Sesi, e a ponteira Carla, ex-Minas. O time celeste, embora tenha perdido dois jogadores de peso – o oposto Wallace e o meio de rede Éder Carbonera, muito em função da pontuação no ranking da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) –, trouxe o cubano Simón, considerado o melhor meio de rede do mundo, e o oposto Evandro. O Montes Claros está com o grupo praticamente definido, sem estrelas. Já Minas e Juiz de Fora enfrentam problemas para montar suas equipes.
Praia
Para o clube do Triângulo Mineiro, o vice-campeonato não vale mais. O último foi muito comemorado, mas o Praia deixa claro que, agora, quer ser o melhor do país. Por isso, mirou dois importantes reforços. Fabiana se juntará à também meio de rede Walewska, sua companheira de Seleção Brasileira na campanha do ouro em Pequim’2008. Carla, por sua vez, é sonho antigo: há três temporadas o clube tenta contratá-la. Os acordos só não foram firmados ainda porque as duas têm contratos vigentes com suas equipes. O Praia também negocia a permanência das estrangeiras Daymí (oposto cubana) e Alix (ponteira norte-americana). Foram renovados os vínculos de Claudinha, Natasha, Ju Carrijo e Malu. O técnico Ricardo Picinin continua no comando do time.
Cruzeiro
O primeiro trunfo foi a renovação com o técnico Marcelo Mendez. Depois, o clube acertou a continuidade do levantador William, que se mostra empolgado. “Foi a melhor coisa que fiz. Foi bom pra mim e para o time.” Também estão confirmados o líbero Serginho e o ponteiro Filipe. O ponteiro Cubano Leal e o meio de rede Isac ainda têm contrato por mais uma temporada. Além das chegadas de Simón e Evandro, o grupo terá o reforço do ponteiro Kadu, que estava emprestado ao Montes Claros. Jovens como o levantador Cachopa, o oposto Alan, os meios de rede Levy e Pedrão, o ponteiro Rodriguinho e o líbero Vanderson também permaneceram.
Montes Claros
O técnico Marcelo Ramos, que esteve afastado por causa de problemas de saúde, está de volta. O time do Norte de Minas perdeu sua maior estrela, o oposto André Nascimento, que está retornando para a Europa. No entanto, quase todo o grupo está definido. A principal contratação é o levantador Murilo Radke, que estava na Polônia. Também chegaram o ponteiro Jonathas e o meio de rede Robinho, que atuavam no Paquetá-RS. Foram prorrogados os vínculos dos centrais Salsa e Rafael, do líbero Kachel, do ponteiro Bob e do levantador Índio.
Minas (masculino)
A incerteza marca o clube que mais vezes conquistou o título nacional (sete). Sem patrocínio, o Minas foi de forma tímida ao mercado. Além de manter o técnico Neri Tambeiro, acertou a vinda do ponteiro/oposto cubano Yordan Bisset. Negocia, ainda, com o ponteiro Samuel. O oposto Escobar deixou a equipe e pode ser seguido pelo levantador Everado e pelo líbero Lucianinho.
Minas (feminino)
O clube mantém o patrocínio da Camponesa, mas as únicas garantias são as permanências da levantadora Naiane, da oposto Rosamaria, da meio de rede Mara e da líbero Leia, além do técnico Paulo Cocco. A estrela maior da companhia, a ponteira/oposto Tandara, tem futuro incerto. A meio de rede Val está indo para o Bauru-SP e a ponteira Carla para o Praia. Mari Paraíba já se despediu – foi para o Volero, da Suíça.
Juiz de Fora
Embora tenha conquistado o direito de permanecer na divisão principal da Superliga – ao vencer um torneio contra Maringá-PR e Upis-DF –, o Juiz de Fora ainda não tem participação confirmada. Segundo o diretor da equipe, Maurício Bara, a preocupação no momento é conseguir patrocínio superior a R$ 700 mil: “Na temporada passada, tivemos um investimento de R$ 300 mil, o menor da história da Superliga. Mas para participarmos agora, é preciso, no mínimo, dobrar essa receita. Vamos tentar o apoio de um pool de empresas, como foi na temporada passada. Temos 45 dias para isso”.
VÔLEI
Voos ainda mais altos
Mercado se agita, com os clubes definindo seus grupos para a próxima Superliga. Cruzeiro e Praia, que tiveram as melhores participações entre os mineiros, têm planos ambiciosos
postado em 29/04/2016 11:00 / atualizado em 29/04/2016 10:49