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Voos ainda mais altos

Mercado se agita, com os clubes definindo seus grupos para a próxima Superliga. Cruzeiro e Praia, que tiveram as melhores participações entre os mineiros, têm planos ambiciosos

postado em 29/04/2016 11:00 / atualizado em 29/04/2016 10:49

Divulgação/FIVB
Embora as atenções estejam voltadas para os Jogos Olímpicos do Rio’2016, o mercado dos esportes no Brasil está, mais do que nunca, agitado, especialmente no vôlei. Os representantes mineiros tiveram destaque na última edição da Superliga, com a conquista do título no masculino, com o Cruzeiro (que levou sua quarta taça), e o vice-campeonato e a terceira colocação no feminino, com o Praia e o Minas, respectivamente. E estão ainda mais ambiciosos para a próxima edição da competição.

A equipe do Triângulo, por exemplo, está contratando a meio de rede Fabiana, ex-Sesi, e a ponteira Carla, ex-Minas. O time celeste, embora tenha perdido dois jogadores de peso – o oposto Wallace e o meio de rede Éder Carbonera, muito em função da pontuação no ranking da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) –, trouxe o cubano Simón, considerado o melhor meio de rede do mundo, e o oposto Evandro. O Montes Claros está com o grupo praticamente definido, sem estrelas. Já Minas e Juiz de Fora enfrentam problemas para montar suas equipes.

Praia
Para o clube do Triângulo Mineiro, o vice-campeonato não vale mais. O último foi muito comemorado, mas o Praia deixa claro que, agora, quer ser o melhor do país. Por isso, mirou dois importantes reforços. Fabiana se juntará à também meio de rede Walewska, sua companheira de Seleção Brasileira na campanha do ouro em Pequim’2008. Carla, por sua vez, é sonho antigo: há três temporadas o clube tenta contratá-la. Os acordos só não foram firmados ainda porque as duas têm contratos vigentes com suas equipes. O Praia também negocia a permanência das estrangeiras Daymí (oposto cubana) e Alix (ponteira norte-americana). Foram renovados os vínculos de Claudinha, Natasha, Ju Carrijo e Malu. O técnico Ricardo Picinin continua no comando do time.

Cruzeiro
O primeiro trunfo foi a renovação com o técnico Marcelo Mendez. Depois, o clube acertou a continuidade do levantador William, que se mostra empolgado. “Foi a melhor coisa que fiz. Foi bom pra mim e para o time.” Também estão confirmados o líbero Serginho e o ponteiro Filipe. O ponteiro Cubano Leal e o meio de rede Isac ainda têm contrato por mais uma temporada. Além das chegadas de Simón e Evandro, o grupo terá o reforço do ponteiro Kadu, que estava emprestado ao Montes Claros. Jovens como o levantador Cachopa, o oposto Alan, os meios de rede Levy e Pedrão, o ponteiro Rodriguinho e o líbero Vanderson também permaneceram.

Montes Claros
O técnico Marcelo Ramos, que esteve afastado por causa de problemas de saúde, está de volta. O time do Norte de Minas perdeu sua maior estrela, o oposto André Nascimento, que está retornando para a Europa. No entanto, quase todo o grupo está definido. A principal contratação é o levantador Murilo Radke, que estava na Polônia. Também chegaram o ponteiro Jonathas e o meio de rede Robinho, que atuavam no Paquetá-RS. Foram prorrogados os vínculos dos centrais Salsa e Rafael, do líbero Kachel, do ponteiro Bob e do levantador Índio.

Minas (masculino)
A incerteza marca o clube que mais vezes conquistou o título nacional (sete). Sem patrocínio, o Minas foi de forma tímida ao mercado. Além de manter o técnico Neri Tambeiro, acertou a vinda do ponteiro/oposto cubano Yordan Bisset. Negocia, ainda, com o ponteiro Samuel. O oposto Escobar deixou a equipe e pode ser seguido pelo levantador Everado e pelo líbero Lucianinho.

Minas (feminino)
O clube mantém o patrocínio da Camponesa, mas as únicas garantias são as permanências da levantadora Naiane, da oposto Rosamaria, da meio de rede Mara e da líbero Leia, além do técnico Paulo Cocco. A estrela maior da companhia, a ponteira/oposto Tandara, tem futuro incerto. A meio de rede Val está indo para o Bauru-SP e a ponteira Carla para o Praia. Mari Paraíba já se despediu – foi para o Volero, da Suíça.

Juiz de Fora
Embora tenha conquistado o direito de permanecer na divisão principal da Superliga – ao vencer um torneio contra Maringá-PR e Upis-DF –, o Juiz de Fora ainda não tem participação confirmada. Segundo o diretor da equipe, Maurício Bara, a preocupação no momento é conseguir patrocínio superior a R$ 700 mil: “Na temporada passada, tivemos um investimento de R$ 300 mil, o menor da história da Superliga. Mas para participarmos agora, é preciso, no mínimo, dobrar essa receita. Vamos tentar o apoio de um pool de empresas, como foi na temporada passada. Temos 45 dias para isso”.

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