O Cruzeiro indicou nesta terça-feira (12) que recorrerá à Justiça para receber do Athletico o valor que considera correto pela multa rescisória de Vitor Roque. O primeiro contrato profissional assinado pelo atacante, com salário de R$ 12 mil mensais, tinha de fato uma multa de R$ 24 milhões.

A Raposa, porém, alega que registrou na Federação Mineira de Futebol um proposta de R$ 200 mil por mês de salário, aproveitando-se do direito de preferência garantido aos clubes formadores quando da primeira renovação de contrato.

Neste caso, na teoria, a multa rescisória em território brasileiro saltaria de R$ 24 milhões para R$ 400 milhões. Mas o Athletico garante que o Cruzeiro cometeu erros amadores no processo de renovação do garoto de 17 anos.

Primeiro, porque só registrou a proposta salarial de R$ 200 mil na segunda-feira (11), depois de ser notificado por Vitor Roque de sua decisão de assinar com o Athletico, mediante pagamento de multa rescisória. "Não fosse assim, a CBF não teria liberado o jogador para o Athletico", explica Alexandre Mattos, CEO do clube paranaense.

Mas o erro cruzeirense não se resume a isso, na visão do staff de Vitor Roque. Para fazer valer o direito de preferência, a Raposa teria de notificar o jogador e seus familiares, até porque Vitor Roque é menor de idade. E isso, segundo André Cury, nunca aconteceu.

O Athletico afirma que fez o depósito dos R$ 24 milhões em juízo porque o Cruzeiro se recusou a recebê-lo. Importante: Vitor Roque está registrado como reforço do Athletico no BID (Boletim Informativo Diário da CBF) e já tem autorização para estrear.