Jorge Nicola traz informações de bastidores sobre a saída de Messinho do Cruzeiro; primeiro, rumo ao Atlético; depois, ao Palmeiras (Foto: Jorge Nicola/Superesportes)



Nem o selecionável Danilo, muito menos o badalado Endrick. Para João Paulo Sampaio, gerente das categorias de base do Palmeiras, a maior joia alviverde é Messinho, que pertencia até o ano passado ao Cruzeiro. Real Madrid e Barcelona, inclusive, já fizeram proposta ao Palmeiras pela prioridade na compra do meia-atacante, hoje com 15 anos e um mês.



Estevão Willian, o Messinho, agora na base do Palmeiras (Foto: Fabio Menotti / Ag. Palmeiras )



Mas não é apenas o torcedor cruzeirense que tem motivos para lamentar. A coluna apurou que o Atlético esteve muito perto de contratá-lo em maio do ano passado. "O Messinho estava dentro do Atlético quando o Palmeiras entrou na parada", relembra João Paulo.

Tudo começou a mudar no momento em que André Cury contou sobre a negociação do Galo para o Verdão, que ficou com o menino. Segundo dirigentes cruzeirenses, o acerto envolveu cifras milionárias: R$ 2 milhões de luvas e salários de R$ 100 mil mensais. 

O Verdão assegura que não pagou nada como prêmio pela assinatura de contrato, enquanto a ajuda de custo, que inclui o pai do garoto, gira na casa dos R$ 15 mil por mês.




A perda de Messinho pelo Cruzeiro deve se transformar, em um futuro não muito distante, em um dos maiores erros da história do clube. A Raposa não recebeu qualquer centavo com a transferência do meia para o Palmeiras, nem manteve percentual sobre uma venda futura, estimada em muitos e muitos milhões de euros. E o caso é irreversível. 

Estevão, o Messinho, nos tempos da base do Cruzeiro (Foto: Reprodução)



Em maio de 2021, o Movimento de Clubes Formadores do Futebol Brasileiro defendeu o Palmeiras, apontando que o Cruzeiro cometeu uma série de equívocos. Primeiro, porque devia nove meses de ajuda de custo a todos os atletas da base e, por consequência, perdeu o certificado de clube formador. Depois, porque não registrou Messinho no BID (Boletim Informativo Diário), algo que poderia ter sido feito desde que Messinho completou 12 anos. Isso sem falar na distribuição dos direitos econômicos a terceiros, algo proibido pela Fifa e denunciado pelo Fantástico.

Já sobre o Galo, é importante registrar que a opção pelo Palmeiras teve a ver com o fato de Messinho ser paulista de Franca e desejar, há tempos, defender o Verdão - o meia quase havia fechado com o Palmeiras antes de se mandar para o Cruzeiro. A série de títulos conquistados na base e os garotos promovidos e utilizados no time de cima do Verdão também pesaram na escolha.

Estevão Willian, o Messinho, registrado no BID pelo Palmeiras (Foto: Reprodução/BID)