Scheffer obteve o tempo de 1min44s66 e levou o bronze em Tóquio (Foto: Instagram/Reprodução)

 
No meio da madrugada de terça-feira (27), gritos de euforia ecoaram por Belo Horizonte, simbolizando a união entre atletas e a satisfação de ver um companheiro de clube brilhando numa competição de grande magnitude. A medalha de bronze conquistada por Fernando Scheffer, de 23 anos, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, foi muito comemorada pelos nadadores do Minas Tênis Clube em Belo Horizonte. 



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Bem distante do medalhista no mapa geográfico, a nadadora Renata Sander festejou a conquista como se tivesse nas piscinas de Tóquio. Em tom humorado, ela disse que deu um grito tão forte que até acordou sua avó.

“Já estava nervosa para a prova desde cedo. Treinamos no Minas e a equipe toda ficou ansiosa e pilhada para a prova. Foi muito emocionante. Moro com minha avó e, na hora em que ele conquistou a medalha, dei um berro e assustei ela. Acredito que todo mundo fez a mesma coisa. Foi muito emocionante”, conta a nadadora de 29 anos, capitã da equipe e campeã brasileira, além de ser recordista mineira, com especialidade em nado peito.

Renata disse que Scheffer sempre se mostrou diferenciado pela humildade na relação com os companheiros: “Antes de ir para o Japão, o Fernando foi na piscina do Minas e falou com cada um dos atletas que estavam treinando. Ele foi em cada raia, se despediu e agradeceu por tudo. Nisso, você vê a humildade e o carinho que ele tem com todos”. 




De acordo com a nadadora, o resultado de Scheffer dá mais visibilidade à modalidade: “Vai ser importante para a natação para alavancar e ganhar mais visibilidade. Estávamos precisando disso. Não tínhamos medalha desde 2012. O Scheffer é um atleta jovem e com muita perspectiva. Ele é um cara muito acessível. Servirá de inspiração para muitos outros”. 

Quem também comemorou muito a conquista de Scheffer foi Marco Ferreira, de 23 anos, que compete nas provas dos 50m e nos 100m livre.

Nos últimos anos, ele se aproximou do medalhista olímpico e até dividiu apartamento com ele, entre 2018 e 2019. 

“Ele ficou muito próximo de competir no Rio em 2016, mas infelizmente não conseguiu o índice olímpico. Mas teve uma evolução no último ciclo, bateu recorde sul-americano e foi o primeiro nadador da América do Sul a nadar no tempo de 1min44. Fiquei muito feliz com essa medalha, que vai ajudar bastante outros atletas”, conta Ferreira.




Marco destaca o feito do amigo no projeto de crescimento do Minas: “Foi a primeira medalha do Minas numa prova individual. Fazemos um trabalho bem legal com toda a comissão técnica. Já esperávamos que ele brigaria por essa medalha. Vai ajudar bastante na imagem do Minas, um clube muito grande, excelente”.