Rodolpho Riskalla é de uma família de atletas de hipismo e fora do esporte trabalha na Dior (Foto: Behrouz MEHRI / AFP)

Com uma grande apresentação, ao som de Aquarela do Brasil, o brasileiro Rodolpho Riskalla conquistou nesta quinta-feira a medalha de prata no hipismo na Paralimpíada de Tóquio, na prova de adestramento classe IV, ao marcar 74.659 na pontuação total.





O brasileiro foi o terceiro a competir, antes de outros nove conjuntos. Ele cumpriu todos os requisitos de movimentos exigidos no programa e demonstrou entrosamento com o cavalo, Don Henrico.

Ao terminar a apresentação, foi possível ver Riskalla comemorando, enquanto sua comissão técnica gritava. Ele estava na primeira colocação.

Atual campeã europeia e mundial, a holandesa Sanne Voets conseguiu superar o brasileiro, com a pontuação de 76.585. O bronze ficou com o belga Manon Claeys.

No hipismo, cada grau de dificuldade é crescente de acordo com a avaliação e classificação funcional da deficiência (física ou visual) do atleta.



Riskalla aderiu ao hipismo paralímpico em 2016, após perder a parte inferior das pernas, a mão direita e um dedo da mão esquerda por conta de uma meningite.

Até então, Riskalla competia no hipismo olímpico, que praticava desde os oito anos, seguindo os passos do avô e da mãe, Rosângele – hoje sua técnica.

A irmã de Rodolpho, Vitória, também é amazona e participa na comissão técnica do irmão. Fora do esporte, o atleta trabalha como gerente de eventos da marca de moda Dior.

Rodolpho já conquistou duas medalhas de prata nos Jogos Equestres Mundiais de 2019, realizados em Tryon, nos Estados Unidos, e foi agraciado pela Federação Equestre Internacional (FEI, na sigla em francês) com a láurea Against All Odds (prêmio contra todas adversidades) em 2016.