Beth Gomes garantiu a primeira colocação pela classe F52 (Foto: Divulgação/CPB)

Beth Gomes foi absoluta na prova do lançamento de disco na classe F53 (atletas com lesão na coluna, que competem sentados e precisam de apoio) na Paralimpíada de Tóquio, nesta segunda-feira. A brasileira conquistou a medalha de ouro com larga vantagem para as demais competidoras e ainda quebrou o recorde mundial, que era dela mesma.



Última a competir, Beth conquistou a medalha de ouro logo no primeiro lançamento, ao alcançar 15,68 metros. Com mais quatro tentativas, restou a ela buscar superar suas marcas anteriores, o que conseguiu duas vezes - o lançamento final foi o melhor, com a marca de 17,62m, mais de dois metros acima de qualquer outra competidora.

Prata e bronze foram para a Ucrânia. Iana Lebiedieva anotou 15,48m, marca que naquele momento era o recorde paralímpico, assim como os 14,37m alcançados por Zoia Ovsii, que ficou com a terceira colocação.

Em entrevista ao SporTV após a conquista, Beth dedicou a medalha aos pais, e principalmente à mãe, que faleceu na última semana. Ela também destacou que passou por um ciclo paralímpico complicado desde os Jogos do Rio-2016, que não disputou por ter sido classificada na F55, acima da F54, na qual costumava competir.




Beth Gomes tem 56 anos e sofre de esclerose múltipla, descoberta em 1993. Em 2017, Beth teve uma nova crise que reduziu ainda mais sua mobilidade, afetando o lado esquerdo - o lado direito já era bastante afetado pela doença. Em 2018, Beth passou por uma reclassificação que a colocou na classe F52, em vez da F54. Em 2019, Beth foi campeã mundial com o recorde de 16,92m, agora superado na Paralimpíada.