Zaracho se sentiu incomodado com estilo de jogo mais 'posicional' praticado por Jorge Sampaoli (Foto: Pedro Souza/Atlético)

 
Uma das engrenagens do time multicampeão em 2021, o meio-campista argentino Matías Zaracho, do Atlético, revelou dificuldades de adaptação ao modelo de jogo estabelecido pelo compatriota Jorge Sampaoli no clube mineiro em 2020. Além disso, o atleta traçou uma meta pessoal para 2022.



 
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Em entrevista concedida ao Diário Olé, da Argentina, Zaracho afirmou que não se sentiu à vontade com o Jogo de Posição implementado por Sampaoli. Segundo o jogador, a filosofia restringia sua liberdade em campo e fez com que seu desempenho caísse.
 

"Não me senti à vontade com Sampaoli por causa de seu estilo de jogo. No Racing, eu me movia para onde a bola estava. Eu estava procurando por ela. Eu ia voltava, ocupava espaços... E o Sampaoli queria que eu fosse mais posicional. Não recebi muito a bola. Isso me incomodou. Fui mal nos jogos, isso me derrubou e abaixou meu nível. Não era o que eu esperava. Quando veio outro técnico (Cuca), eu comecei a pegar o jeito e tive mais liberdade para ir procurar os espaços da bola, fazer diagonais", explicou.

 

 

 
A chegada de Cuca potencializou o futebol de Zaracho. Com mais liberdade no meio-campo, o meia era muito participativo - tanto nos momentos ofensivos como nos defensivos. Ele terminou a temporada com 13 gols (vice-artilheiro do Galo no ano) e seis assistências. "Jogo a jogo, percebi uma evolução e deixei ir. Hoje me sinto muito confortável", destacou.



 
Ao Olé, o atleta de 23 anos também revelou uma meta pessoal para o ano de 2022. "2021 foi muito bom pessoalmente. Mas se no ano passado fiz 13 gols, agora quero chegar no mínimo a 20. Meu objetivo é ser sempre melhor", projetou o argentino.
 
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Seleção e 'El Turco'

 
Por fim, Zaracho falou sobre o sonho de vestir a camisa da Seleção Argentina e demonstrou otimismo. Além disso, avaliou a chegada de 'El Turco' ao Atlético e declarou: 'É um treinador que me faz ter entusiasmo'.
 
"O meu sonho, como o de qualquer garoto, é estar na seleção nacional para representar o país. Estou sempre animado. Eu sempre me sacrifico pensando nisso. Quero estar no Mundial e farei o possível. Se não for nessa Copa do Mundo do Catar, será na outra. Estou focado", disse.
 
"Ele é um treinador que me faz ter entusiasmo, porque sei que é um treinador que se identifica com o jogo ofensivo e que gosta que os meias cheguem ao gol. Ele é um bom treinador. Vamos torcer para que se saia bem", finalizou Zaracho.