Nathan Silva e Werley, irmãos e zagueiros de diferentes gerações do Atlético (Foto: Reprodução/YouTube/VR Esportes)


O zagueiro Nathan Silva, do Atlético, se emocionou ao falar sobre a importância do irmão Werley, que também jogou no Galo, para a sua carreira. Aos 24 anos, o defensor segue os conselhos do irmão para construir uma carreira sólida no futebol.



 
 

Em entrevista ao canal VR Esportes, no YouTube, o defensor do Atlético chorou ao destacar a parceria com Werley. Entre 2008 e 2011, o zagueiro de 33 anos disputou 131 jogos pelo Galo, sagrando-se campeão mineiro em 2010.

"Um momento até emocionante, porque é um cara que me ajuda bastante no dia a dia, com muitos conselhos. Desculpa estar emocionado. O Werley está sempre junto. Sempre me dando conselhos, me cobrando nos momentos que tem que cobrar. Tem sido fundamental para a minha carreira. É um cara que tem uma bagagem muito bonita. Por onde passou, conseguiu atuar em alto nível. É um cara sensacional também fora, é muito querido. Trabalhador, tem muita humildade. É um grande espelho para mim", destacou Nathan Silva.
 
 

Em resposta, Werley também se emocionou. Ele destacou a luta do irmão para chegar ao profissional do Atlético e consagrar-se como um dos ídolos da história do clube, conquistando o Campeonato Mineiro, o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil em 2021.




"A responsabilidade é muito grande, porque eu estive até falando com a minha esposa: tudo o que tem acontecido na vida do Nathan, ao mesmo tempo que eu fico feliz, o orgulho é muito grande, sabe? Porque eu sei tudo o que ele passou para chegar onde está. (...) Tropecei em muitas pedras pelo caminho, e eu quero ajudar ele a não tropeçar nessas mesmas pedras", disse Werley. 

O zagueiro de 33 anos relembrou as lesões que atormentaram a transição do jovem para o futebol profissional. Werley projetou um futuro de sucesso para Nathan: 'Meu irmão vai longe'.

"Ele está com uma trajetória muito bonita. Voltou para o Atlético na melhor temporada da história do clube. Era uma cobrança muito grande para ganhar o Brasileiro. Essa cobrança já existia lá atrás, em 2008, quando eu comecei a jogar no Atlético. Com o passar do tempo, a cobrança só aumentava. Por tudo o que foi feito, o investimento, as pessoas que entraram... Lá atrás, quando ele machucou, eu falei: 'P*, cara'. Aí, lá na frente, ele machucou na final da Copa do Brasil (2016), eu pensei comigo: 'Cara, meu irmão não vai ter a oportunidade no Atlético agora'. Porque era um sonho. Eu queria que meu irmão realizasse esse sonho de jogar no Atlético, sabe?", contou.



 
 

"O quanto é gostoso poder jogar onde você foi criado. Ele saiu daqui com a cabeça de: 'Eu vou jogar no Atlético'. E quando não acontece, com certeza tem uma frustração, né? Quando ele machucou lá atrás, em 2017, eu falei 'rapaz, não é possível'. Mas não era a hora dele ainda. Deus preparou para ele voltar para ficar marcado. (...) Tenho certeza que meu irmão vai ter uma carreira muito sólida. É apenas o início de uma trajetória muito bonita que eu e minha família estaremos presentes, vendo, torcendo e sofrendo, porque a gente sofre também. Meu irmão vai longe. Eu sei o que ele quer para a vida dele", completou.