Robinho, Lucas e Bryan: os três atletas que podem melhorar rendimento do pacote de reforços do Cruzeiro (Foto: Ligth Press/Cruzeiro)

Argentino Lucas Romero teve trajetória manchada por agressão (Foto: EM/D.A. Press)

O Cruzeiro terminou o ano passado na expectativa de começar 2016 com resultados melhores, que ao menos lembrassem as campanhas de 2013 e 2014. O rendimento da equipe sob o comando de Mano Menezes indicou a possibilidade do retorno ao caminho dos troféus. Mas, em cinco meses, o clube virou de cabeça para baixo. Deivid assumiu, e o futebol perdeu qualidade. A esperança depositada em muitos dos reforços contratados se transformou em decepção. Agora, com um elenco bastante desequilibrado e sem o tempo ideal de trabalho, Paulo Bento tenta colocar a Raposa de novo no rumo das vitórias.



Antes mesmo da chegada do treinador português, o clube voltou ao mercado para tentar corrigir deficiências do time geradas justamente pela baixa produtividade de algumas aquisições feitas em janeiro. Os laterais Bryan e Lucas, além do meio-campista Robinho, são as novas apostas de mudança desse panorama. Enquanto o ex-lateral-esquerdo do América chega para compor o elenco cruzeirense, os outros dois desembarcaram Toca II com status de titulares. Lucas, inclusive, assumiu essa condição, mas acabou expulso no jogo diante do Coritiba, na primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Robinho sofreu edema muscular no primeiro treino em Belo Horizonte e ainda busca a melhor condição física.

Pisano custou caro, mas não correspondeu ao investimento (Foto: EM/D.A. Press)



Dos oito contratados no início do ano, apenas o volante Lucas Romero, de 22 anos, chegou a conseguir uma vaga cativa entre os titulares. Mas o argentino perdeu prestígio com a torcida na primeira rodada do Brasileirão ao falhar na jogada que resultou no gol do Coritiba e ao pisar nas costas do venezuelano González após disputa de bola. Por conta desse ato violento, Romero será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quarta-feira e pode pegar até 12 jogos de suspensão.

Do restante da legião de estrangeiros, ninguém teve a regularidade esperada. O volante uruguaio Federico Gino, de 23 anos, estreou contra o Atlético-PR, pela Primeira Liga, e só ali foi razoável. A Raposa venceu aquele duelo por 2 a 1. Em outros cinco jogos, ele mostrou poucos recursos. Sua pior apresentação talvez tenha sido no último sábado, contra o Figueirense, jogando na lateral direita, função feita também nos tempos de Defensor do Uruguai. Gino errou passes curtos, cruzamentos e até arremessos laterais.



O baixinho argentino Matías Pisano, de 24 anos, ainda é uma incógnita. Único jogador no qual o Cruzeiro investiu nos direitos econômicos no início de ano, ele chegou cercado de expectativa, mas só teve flashes de bons momentos. No primeiro tempo da partida diante do Londrina, pela Copa do Brasil, por exemplo, ele foi lúcido e articulou algumas jogadas de forma eficiente. Muito pouco para quem custou US$ 1,7 milhão (50% dos direitos).

Sánchez Miño joga em várias posições, mas sem o brilho que a torcida celeste esperava (Foto: EM/D.A. Press)



Versátil e mais rodado, o argentino Sánchez Miño, de 26 anos, foi aproveitado no meio-campo em alguns jogos, mas acabou se firmando na lateral esquerda. Marcou um belo gol de falta sobre o Guarani, pelo Mineiro, e participou ativamente dos gols sobre o Figueirense, no sábado, mas sofre com a rejeição da torcida por sua irregularidade.

Dos brasileiros contratados no começo do ano, o atacante Rafael Silva, sem dúvida, foi o que mais convenceu e se identificou com a torcida celeste. Ele chegou sem o prestígio dos gringos, mas fez seis gols, um deles no clássico com o Atlético, pelo Campeonato Mineiro, e ganhou prestígio na Toca II. Apesar disso, Rafael, que está contundido, é considerado reserva de Willian.



O centroavante Douglas Coutinho teve poucas chances como titular e mostra alguma eficiência. Vindo do Atlético Paranaense por empréstimo, ele tem quatro gols em 13 jogos, vários deles na condição de suplente. Em algumas partidas, foi a terceira opção de banco.

Marciel e Bruno Nazário ainda esperam mais oportunidades (Foto: EM/D.A. Press)

Apostas, Bruno Nazário e Marciel quase não ganharam oportunidades. O primeiro jogou apenas uma partida, a vitória contra o Boa Esporte, por 3 a 2, pelo Campeonato Mineiro. Na ocasião, Deivid, então técnico do Cruzeiro, escalou o time praticamente reserva e prejudicou a avaliação do meia. Ex-Corinthians, Marciel teve boa atuação na maioria das oportunidades que recebeu, mas parou de ser utilizado por Deivid e, posteriormente, pelo interino Geraldo Delamore.

Veja os números dos reforços do Cruzeiro em 2016:

Bruno Nazário – 1 assistência em 1 jogo

Douglas Coutinho – 4 gols em 13 jogos

Federico Gino – 6 jogos / 1 cartão amarelo

Juan Sánchez Miño – 1 gol e 1 assistência em 17 jogos / 5 cartões amarelos

Lucas - 1 assistência em 3 jogos / 1 cartão vermelho

Lucas Romero – 1 gol em 12 jogos / 7 cartões amarelos / 1 cartão vermelho

Marciel – 1 assistência em 4 jogos / 1 cartão amarelo

Matías Pisano – 1 assistência em 13 jogos / 1 cartão amarelo

Rafael Silva – 6 gols em 15 jogos / 4 cartões amarelos

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