Craque prodígio, Estevão Almeida, de 10 anos, é destaque das categorias de base do Cruzeiro (Foto: Fábio Castro/Cruzeiro)



O presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, e o vice de futebol, Itair Machado, se reuniram nesta quinta-feira com a família do jovem Estevão Almeida, de 10 anos, promessa das categorias de base do clube. A diretoria apresentou um plano de carreira para a criança, aluno da Escola de Esportes e o mais jovem atleta a assinar contrato com a Nike, fornecedora de material esportivo. 




Pai de Estevão, Ivo Gonçalves se mostrou satisfeito com o encontro com a diretoria do Cruzeiro. "Nós não estamos preocupados com o retorno financeiro que poderemos ter. Esse novo plano proporcionará um acompanhamento maior do Estevão por parte do Cruzeiro no âmbito nutricional, psicológico e também nos treinamentos", comemorou.

Recentemente, a família de Estevão foi assediada por outros clubes interessados em contratar o garoto.

Presidente Wagner Pires de Sá e Itair Machado se reuniram com pai de Estevão, Ivo Gonçalves (Foto: Cruzeiro/Divulgação)






O que diz a legislação?
Clubes brasileiros só podem alojar jogadores de outros estados até 14 anos. Até essa idade, é preciso que os pais acompanhem o processo de formação dos filhos. Como Estevão é de Franca, interior paulista, o plano de carreira foi o meio viabilizado pelo Cruzeiro para segurá-lo em Belo Horizonte.

A Lei Pelé a o Estatuto da Criança e do Adolescente só permitem relações formais de trabalho a partir dos 14 anos, mas em caráter de aprendizagem. O primeiro contrato de profissional só pode ser assinado a partir dos 16 anos.

Na tentativa de coibir o tráfico de crianças, a Fifa só permite transferências internacionais de jogadores a partir de 18 anos. Ainda assim, alguns clubes do exterior buscam brechas e oferecem emprego a pais de atletas para estimular a mudança das famílias para outro país.