Técnico Felipe Conceição não conseguiu levar o Cruzeiro adiante na Copa do Brasil e acabou demitido (Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)


O Cruzeiro continua seguindo a cartilha do fracasso. Sem um projeto de recuperação de longo prazo, ao menos de forma pública, será difícil conquistar bons resultados em campo, independentemente de o treinador ser experiente, como era Luiz Felipe Scolari, ou da nova geração, caso de Felipe Conceição.



 
O mesmo vale para os jogadores. Ninguém será poupado da máquina celeste de moer atletas, seja artilheiro das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022, como Marcelo Moreno, seja um jovem promissor como Bruno Nazário, com vasto caminho pela frente.
 
Felipe Conceição tem boas ideias sobre futebol e vinha tentando implementá-las. Porém, esbarrou tanto nas limitações técnicas dos comandados quanto na insistência em algumas convicções equivocadas, próprias de quem ainda começa em qualquer profissão, por mais que seja inteligente e estudioso.
 
Para completar, o clube celeste tem um componente que dificulta o trabalho de qualquer profissional: salários atrasados. Não adianta pedir empenho, escolher a melhor tática, escalar os melhores jogadores, se no quinto dia útil não cair o dinheiro na conta do trabalhador.
 
Assim, não bastará a diretoria celeste escolher o melhor nome possível, dentro das possibilidades disponíveis e da capacidade do clube, para comandar a equipe na árdua tarefa de voltar à Série A. Será preciso também garantir que ele encontrará clima favorável na Toca da Raposa II. Se der para buscar reforços, também será muito bom.