Mozart Santos quer passar conhecimento adquirido na Europa ao grupo do Cruzeiro (Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro)

Nos tempos de jogador, Mozart Santos ficou mais na Europa que no Brasil. Foram cinco temporadas no Reggina, da Itália; cinco no Spartak Moscou, da Rússia; e uma no Livorno, da Itália. Nesse período, o ex-volante se destacou pela liderança e carregou a  braçadeira de capitão. O perfil orientador o credenciou a se tornar treinador após pendurar as chuteiras. No Cruzeiro a expectativa é implantar as ideias absorvidas no Velho Continente e adaptá-las à realidade do Brasil.




“Joguei 15 anos de futebol profissional. Foram 12 anos na Europa. Minha influência é muito mais europeia do que brasileira. Porém, sou brasileiro, trabalho no Brasil, então tento adaptar minhas ideias à realidade do jogador brasileiro. Minha influência é o futebol italiano, sem dúvida, mas adaptando para o nosso país”, afirmou o técnico.

No Brasil, Mozart ganhou visibilidade no Coritiba, em 1999, e foi contratado pelo Flamengo no ano seguinte. Os cabelos loiros e cacheados se tornaram uma marca registrada do volante canhoto, chamado à Seleção Brasileira Sub-23 para a disputa dos Jogos Olímpicos de Sydney, na Austrália. A equipe treinada por Vanderlei Luxemburgo - que tinha nomes como Lúcio, Alex, Roger Flores, Ronaldinho Gaúcho e Fábio Aurélio - acabou eliminada nas quartas de final por Camarões.

Após se aposentar dos gramados, Mozart começou a se preparar para ser técnico. Foram cinco anos nas categorias de base do Coritiba até chegar ao grupo principal como auxiliar. Em 2020, saiu do Coxa e aceitou convite para dirigir o CSA, tirando o time da zona de rebaixamento da Série B e brigando pelo acesso até a última rodada. Em 28 partidas, venceu 13, empatou nove e perdeu seis, com aproveitamento de mais de 57%.




No Cruzeiro, Mozart estreou no último sábado com empate por 1 a 1 diante do Goiás, no Mineirão. O time começou perdendo com gol contra de Joseph, que se atrapalhou ao recuar a bola de peito para Fábio. No decorrer do duelo, a Raposa criou boas chances e exigiu grandes defesas do goleiro Tadeu. De tanto insistir, conseguiu o empate aos 42 minutos do segundo tempo: Bruno José rolou a bola para trás, e Marcinho bateu rasteiro no canto esquerdo.

Os próximos dois jogos do Cruzeiro serão fora de Belo Horizonte. Nesta quarta-feira, às 21h30, a equipe mede forças com a Ponte Preta, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. No sábado, às 19h, terá pela frente o Operário, no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, no interior do Paraná. Com um ponto em três rodadas (um empate e duas derrotas), o clube celeste ocupa o penúltimo lugar na classificação.