Cruzeiro espera aprovação de lei para se transformar em clube-empresa (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

O Cruzeiro informou, nesta sexta-feira, que se reuniu com o empresário Aquiles Diniz para tratar sobre o projeto de clube-empresa. O encontro, de acordo com o clube, aconteceu nessa quinta-feira, na Sede Administrativa da Raposa, e contou com as participações do presidente Sérgio Rodrigues e o vice, Lidson Potsch.




"O encontro positivo teve como objeto principal a troca de ideias a respeito do projeto clube-empresa, tema que vem sendo trabalhado desde o ano passado pela atual gestão, além de outros assuntos referentes ao momento do clube", disse o Cruzeiro por meio de nota.

Ainda de acordo com o clube, Aquiles "se prontificou a colaborar com o Cruzeiro nos próximos passos do andamento do projeto". Ao podcast Superesportes Entrevista, no último dia 15, o empresário detalhou o projeto que tem para montar um fundo de investimentos de R$ 500 milhões. 

"Na minha cabeça, se lançarmos um fundo de R$ 500 milhões, por exemplo, seria um fundo que teria 500 cotas de R$ 1 milhão. Desde que se prove que é viável e com rentabilidade como são os clubes da França, da Inglaterra, da Itália, eu não vejo a menor dificuldade de se colocar isso no mercado", explicou na oportunidade. Clique aqui para ler, ouvir ou assistir a entrevista completa.




Engenheiro civil por formação, Aquiles Diniz é ex-sócio do Banco Inter e atuou ativamente no Cruzeiro nas gestões de Felício Brandi (1961 a 1981), Carmine Furletti (1982 a 1984) e Benito Masci (1984 a 1990). Nos anos 1980, trabalhou em reformas de melhorias da Toca da Raposa I para receber as Seleções Brasileiras antes das Copas de 1982 e 1986. Também ajudou no projeto de construção do Parque Esportivo do Barro Preto.

Em 2017, Aquiles chegou a se colocar à disposição do então presidente Gilvan de Pinho Tavares e do opositor Zezé Perrella para ser um candidato de consenso para presidir o Cruzeiro e unir o Conselho Deliberativo. À época, no entanto, os escolhidos para o pleito foram Wagner Pires de Sá e Sérgio Santos Rodrigues.

Clube-empresa


O Senado aprovou, no último dia 10, o projeto de lei que dá a opção aos clubes brasileiros de futebol de se transformarem em empresas. As instituições que aderirem poderão atrair investidores e estabelecer medidas de governança, controle e transparência. O autor do projeto é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). A partir de agora, a proposição segue para a análise na Câmara dos Deputados. 



 
O projeto de lei (5.516/2019) cria a Sociedade Anônima do Futebol (SAF), um modelo que concede aos clubes novas possibilidades de obtenção de recursos. Entre elas está a emissão de ações, debêntures, títulos ou valor mobiliário sob regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 

Atualmente, os clubes são qualificados como associações sem fins lucrativos. Com a mudança legislativa, pessoas físicas, jurídicas e fundos de investimentos poderão participar da gestão.