Técnico Mozart Santos deixou o Mineirão no ônibus do Cruzeiro, mas não dirigirá mais o time celeste depois do empate com o Londrina (Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A.Press)

A falta de vitórias foi só um dos fatores que parece ter feito o técnico Mozart Santos desistir do Cruzeiro. Ainda que os jogadores tenham se empenhado ao máximo sob o comando dele, há limitações técnicas que ele parece ter visto que não conseguiria superar. Sem falar no caos financeiro em que o clube se encontra, com salários atrasados, cortes de serviços em centros de treinamentos e impossibilidade de contratar reforços por determinação da Fifa justamente por não honrar compromissos. Isso já havia ocorrido, por exemplo, com o pentacampeão mundial Luiz Felipe Scolari.




Se o panorama não mudar, dificilmente o substituto do paranaense, seja ele quem for, terá sucesso como treinador da Raposa. Por mais que estejam comprometidos, é claro que os atletas se incomodam com vencimentos atrasados e, principalmente, com a falta de perspectivas em um clube dividido politicamente e atolado no caos financeiro.

Alguns jogadores também estão devendo, dos experientes a jovens promessas. Outros nunca deveriam ter sido contratados e parecem conseguir ter rendimento ainda pior desde que passaram a envergar a outrora gloriosa camisa celeste, em uma clara confirmação do infame ditado segundo o qual “nada é tão ruim que não possa piorar”.

Muitos esperam que um salvador apareça, mas a pátria azul só será salva com a participação cada vez maior dos cruzeirenses. O momento é de cada um ajudar como puder, de preferência se associando e ajudando a buscar soluções para os problemas cada vez mais graves do clube.

Um pouco de sorte também não faria mal à Raposa. Contra o Londrina, o time criou boas chances, sendo que duas foram aproveitadas. Seria o suficiente para garantir três pontos em outras épocas. Nos dias atuais, não é raro a defesa sofrer o mesmo número de gols ou até mais, como diante do CRB.