Luxemburgo lamentou tropeço do Cruzeiro contra o Vitória (Foto: Ramon Lisboa/EM D.A Press)

O técnico Vanderlei Luxemburgo disse que faltou ao Cruzeiro “furar a bola” para segurar a vantagem de 2 a 1 sobre o Vitória, nesta quarta-feira, no Independência, pela 17ª rodada da Série B. Aos 35 minutos do segundo tempo, o adversário teve espaço para trocar passes até encontrar o atacante Samuel, que driblou Fábio e deixou tudo igual: 2 a 2.



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“Avalio que nós colocamos a vantagem, e quando nós colocamos a vantagem, não tem mais jogo, tem que furar a bola, tem que matar a jogada, a jogada não segue. O adversário não deixa a gente fazer isso, também não podemos deixar o adversário fazer”, disse Luxa, que orientou os atletas a parar o jogo com faltas.

“Citei para eles uma jogada em que o Wellington Nem fez uma falta próxima à área, o cara estava indo sozinho. Fez a falta, bateu na cabeça de alguém e não saiu o gol. E se o Wellington Nem não faz a falta? O cara ia sair perto do gol”, continuou.

“Falta é uma coisa que acontece no jogo de futebol. Não é proibido fazer falta, o que não pode é fazer falta violenta. Deixamos o adversário jogar muito. Em um arremesso lateral, o cara dominou a bola, veio para perto da área e serviu ao colega dele. Isso não pode, tem que parar a jogada antes”, complementou.




No lance do segundo gol rubro-negro, Samuel se infiltrou na grande área entre os zagueiros Ramon e Eduardo Brock e conseguiu fintar Fábio antes de encher o pé esquerdo na bola. Vanderlei isentou os defensores da responsabilidade e disse que o time precisava ter matado o lance ainda no meio-campo.

“A análise que eu faço é a seguinte. A questão da zaga, para a bola chegar na zaga, alguém tem que marcar e parar a porra da bola, tem que parar a jogada. Alguém tem que marcar para que o atacante deles não enfrente nossos zagueiros e os meias cheguem para uma metida de bola. Então alguém tem que marcar”, frisou.

“Fala-se a zaga, mas de repente é outro jogador que deveria marcar. Não deixar o cara sair da lateral do campo e ir para dentro sem parar a jogada. Aí vai morrer na zaga, a culpada é a zaga”, acrescentou.




O treinador ainda comentou a última substituição efetuada na partida: a saída do atacante Rafael Sobis para a entrada do volante Matheus Neris. O objetivo era povoar a marcação no meio-campo e dificultar as investidas do Vitória - o que no fim das contas não funcionou.

“Ia fazer uma coisa bem simples, que era tirar o Bruno, que estava cansado, e colocar o Rafael Sobis na esquerda. Mas quando tento fazer isso aí, o Rafael fala: ‘estou no limite’. Fizemos a vantagem, daí pensei: ‘não tenho o que fazer. Vou passar o Bruno (José) para o meio e não tem mais jogo’. Acabou o jogo. Mas infelizmente nós tomamos um gol em que você fala da zaga, mas eu digo que o time marca. A bola não pode sobrar mano a mano na zaga toda hora. O time tem que marcar, a marcação é geral”.

O tropeço em Belo Horizonte manteve o Cruzeiro em 15º lugar da Série B, agora com 17 pontos - três a mais que o 17º, Vitória, e a 12 do Guarani, 4º colocado (29). No sábado, às 16h30, a equipe celeste volta a jogar no Independência, diante do Sampaio Corrêa, pela 18ª rodada.