Vanderlei Luxemburgo conversa com jogadores em vitória sobre a Ponte Preta (Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press)

O Cruzeiro terá uma tarefa complicada para conquistar o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro já nesta temporada. Embora tenha dez jogos sem derrotas na Segunda Divisão e tenha mudado de patamar desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo, a Raposa ainda está a 11 pontos de distância do CRB, que abre o G4.




Ídolos que acompanham o dia a dia do Cruzeiro ainda acreditam na possibilidade de acesso, mas reconhecem que a tarefa é quase inglória. O Superesportes ouviu quatro ex-jogadores que marcaram seus nomes na história centenária da Raposa: volante Douglas (391 jogos), meia Dirceu Lopes (610 jogos), Evaldo (302 jogos) e Nonato (394 jogos). 

Veja a opinião dos ídolos do Cruzeiro sobre a possibilidade de acesso já em 2021:

Douglas, ex-volante, 1981-87 e 1992-94: "Matematicamente, há chances. Mas tem que ganhar aí, pelo que divulgam, nove jogos de 16. Tem que ganhar, como ganhou da Ponte Preta, jogo que é tido como um clássico da Série B, duas equipes em que joguei. Me parece que o Cruzeiro pegou um ritmo e está bem competitivo. Demorou a recuperação, mas quando uma equipe pega confiança, muda tudo, melhora muito".

Dirceu Lopes visitou o Cruzeiro na Toca da Raposa II (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

Dirceu Lopes, ex-meia, 1963-77: "A minha opinião é a mesma do Vanderlei: enquanto existir possibilidade, tem esperança. Tem que lutar. É o que está acontecendo. Estive lá (na Toca II) e fiquei muito satisfeito com aquilo que eu vi. O ambiente mudou completamente. Com a vinda dele, questão de salário em dia, é muito importante. Pude ver que o ambiente está muito bom e isso é importantíssimo no futebol". 



Evaldo, ex-atacante, 1966-71, 1973 e 1975: "Enquanto há vida, há esperança. A gente fica com pé atrás, mas a medida que vai passando o tempo, se os jogadores entenderem que podem fazer o que o treinador pede, então tem chance de chegar perto. Mas é muito difícil. Falando de forma sincera, é muito difícil porque perdeu-se muito tempo. A recuperação foi muito tardia. Essa troca de treinador é complicada. Cruzeiro precisa de trabalho".

Nonato, ex-lateral-esquerdo, 1990-1997: "Sem dúvida nenhuma a recuperação demorou demais. Mas, ainda assim, com a chegada do Luxemburgo, que é um cara que motiva os jogadores e exige salários (pagos) em dia, dá tranquilidade para ele cobrar. Temos que pegar exemplos, como o do América no segundo turno de 2019, e acreditar, sim, no acesso do Cruzeiro já neste ano".