Fábio agradece torcedores do Cruzeiro que o aplaudiram no Mineirão (Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Nem o tempo, os embates em campo ou as controvérsias fora dele serão capazes de apagar a história construída por Fábio no Cruzeiro. Foram 17 anos ininterruptos, 976 jogos, 34 pênaltis defendidos e 12 títulos em Belo Horizonte. Nesta terça-feira (12), o goleiro de 41 anos voltou ao Mineirão para rever o antigo amor - desta vez, na condição de inimigo. Entre vaias e reverências, o retorno a casa teve gosto agridoce para o agora jogador do Fluminense, que venceu por 3 a 0 e avançou às quartas de final da Copa do Brasil.





Antes mesmo de pisar em campo, o arqueiro foi lembrado. Os tricolores que lotaram o setor a eles destinado no Gigante da Pampulha o homenagearam com o tradicional grito: "É o melhor goleiro do Brasil: Fábio". O canto foi repetido minutos depois, quando finalmente os jogadores foram a campo para o aquecimento.

Assim que a torcida carioca silenciou, os donos da casa receberam o visitante ilustre com aplausos e, curiosamente, a mesmíssima homenagem: 'É o melhor goleiro do Brasil: Fábio'. A música foi repetida instantes depois pelos cruzeirenses, desta vez para Rafael Cabral, o substituto do ídolo.


Durante o aquecimento, Fábio, com luvas nas cores azul e branca, agradeceu a torcida celeste. A troca de cumprimentos, porém, durou pouco. Assim que a bola rolou, o reverência se transformou em vaias. A cada vez que tocava na bola, o arqueiro tricolor ouvia a reprovação da maior parte do estádio.




Em meio ao ambiente hostil - que, porém, não teve arremesso de moedas, como chegou-se a cogitar entre torcedores nas redes sociais antes do jogo -, Fábio fez um primeiro tempo seguro. Pelo chão, contribuiu sem sustos com a saída de bola do time comandado pelo técnico Fernando Diniz. Com as mãos, foi preciso ao defender as boas chegadas do Cruzeiro.

Na etapa final, a segurança se manteve. Experiente, Fábio usou da cera, expediente que em outros tempo tanto ajudou o Cruzeiro. De longe, celebrou os gols de Jhon Arias, Cano e Nathan, que garantiram os 3 a 0. No fim das contas, o ídolo celeste voltou a ser feliz no Mineirão, desta vez com as cores tricolores.

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