Efeito suspensivo de cartão vermelho a Vini Jr não terá mais validade (Foto: Reprodução/Twitter/Vini Jr)

 
A federação espanhola de futebol (RFEF) retirou o efeito suspensivo do cartão vermelho aplicado a Vinícius Júnior no jogo entre Valencia e Real Madrid, no domingo (21), em que minutos antes o brasileiro foi vítima de atos racistas da torcida no estádio Mestalla.




A organização ainda multou o Valencia em 45 mil euros (cerca de R$ 242 mil) pelo ato de racismo de seus torcedores, e puniu o clube com o fechamento do estádio por cinco jogos sem torcida. 

Vini Jr mais uma vez vítima de racismo 


No último domingo (21), na etapa final de Valencia 1 x 0 Real Madrid, os torcedores presentes no estádio Mestalla cantaram, em coro, a palavra 'mono' (macaco, em espanhol).
 
Nervoso, Vinicius tentou levar o árbitro até alguns dos torcedores responsáveis, que estavam atrás do gol adversário, mas ele nada fez. Enquanto a confusão acontecia em campo, os alto-falantes do estádio pediam para que os cantos cessassem. Foram oito minutos de paralisação até que o jogo recomeçasse, sem qualquer atitude da arbitragem ou da delegação responsável pela partida. 




Pouco tempo depois, uma nova confusão no gramado, e Vini foi pego pelo pescoço por Hugo Duro. Ao se soltar, ele acertou uma cotovelada no atleta. 

Na revisão do VAR, o vídeo mostrou apenas o trecho do lance em que Vini atinge o adversário, e somente o brasileiro foi expulso. 

Ao sair de campo, ele fez o gesto de '2' com os dedos - referência ao possível rebaixamento do Valencia. 
 
O gesto ganhou mais importância na mídia espanhola e para o presidente de La Liga, Javier Tebas, que o racismo sofrido em campo. 

Vinicius se pronunciou de forma dura, rebatendo as acusações de "falta de informação" de Tebas. O Real Madrid prometeu suporte ao atacante, que e ganhou o apoio de personalidades do mundo todo: jogadores em atividade, como Mbappé e Neymar; ex-jogadores; dirigentes; clubes; enquanto subia o nível de pressão sob o futebol espanhol. 

Nesta segunda-feira (22), o tom mudou. Árbitros foram demitidos. Capas de jornais deixavam a cotovelada de lado, pedindo uma postura "antirracista", e apesar de angustiado, o jogador não recuou.